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Venezuela mantém 11 estudantes presos
Governo acusa manifestantes de crimes como porte ilegal de armas, drogas e explosivos
O Ministério Público da Venezuela anunciou ontem que vai manter presas 11 das 243 pessoas detidas na semana passada em quatro acampamentos de protestos de estudantes contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
As acusações contra os manifestantes abrangem vários crimes, como porte ilegal de armas, drogas, explosivos, incitação de adolescentes para delinquência, obstrução de vias públicas e danos ao patrimônio.
Mais 155 foram libertados, mas deverão apresentar-se periodicamente à Justiça, e 15 foram encaminhados a um tratamento médico contra dependência de drogas.
Nos últimos dias, as autoridades vinham divulgando a conta-gotas a libertação de alguns detidos.
Desde fevereiro, uma onda de manifestações teve início no país para protestar contra os índices de criminalidade, a repressão dos oponentes, a alta inflação e a escassez de produtos básicos.
Foram mais de 40 mortes de ambos os lados, cerca de 800 feridos e 3.000 detidos, dos quais permanecem presos aproximadamente 450 desde o início dos protestos.
Estudantes voltaram a marchar anteontem em protesto contra a dissolução dos acampamentos. As forças de segurança usaram gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.