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Polícia detém cinco estudantes em Caracas
Anistia Internacional diz que tortura é 'rotineira' durante manifestações na Venezuela
A polícia da Venezuela deteve ontem em Caracas cinco estudantes que protestavam contra o presidente Nicolás Maduro. O ato, que comemorava três meses do início das manifestações contra o governo, acabou em confronto.
Os detidos foram levados para um centro da Polícia Nacional Bolivariana, segundo a advogada e ativista dos direitos humanos, Elenis Rodríguez. Entre eles estavam dois estudantes de medicina e dois de engenharia.
Até o fechamento desta edição, apenas um deles tinha sido liberado, segundo a Fundação para a Igualdade Cidadã.
Na última quinta-feira, 243 estudantes, entre eles uma menor de idade grávida, haviam sido presos quando a polícia desmontou quatro acampamentos em Caracas.
O grupo também protestava contra o governo Maduro. A maior parte deles já foi liberado e apenas 11 continuam detidos.
TORTURA
A Anistia Internacional lançou ontem um relatório sobre a tortura no qual criticou a atuação da polícia durante as manifestações na Venezuela e em outros países da América Latina.
Segundo o documento, "os abusos das forças de segurança na repressão das manifestações são rotineiros, incluindo países como Chile, México e Venezuela."
A Anistia afirmou ainda que recebeu "dezenas de denúncias de abusos das forças da ordem" durante a detenção, translado e prisão de manifestantes na Venezuela. O relatório faz parte da campanha "Stop the toruture" (Parem a tortura), lançada pela entidade.