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Análise

Decisão judicial cria um verdadeiro atoleiro para empresas de tecnologia

JAMES BALL DO "GUARDIAN"

Por trás da decisão da corte europeia se oculta uma situação muito difícil. O tribunal não estabeleceu um direito absoluto a desaparecer; é preciso buscar um "equilíbrio justo" entre o direito do público de acessar certas informações e o direito de privacidade e de proteção de dados do "objeto dos dados".

Isso cria um verdadeiro atoleiro: depois de quanto tempo um veredicto de falência se torna algo que deveria ser privado? As coisas são diferentes se a pessoa em questão é uma celebridade ou um político? E se ela tiver oferecido aquelas informações voluntariamente (ou as vendido)? E quanto a uso de drogas, ou prostituição, ou homicídio? E se uma pessoa decidir disputar um cargo público alguns anos depois de solicitar uma limpeza geral em seus dados de busca?

Decidir questões como essas em base de caso a caso vai requerer imensas equipes de verificação em cada companhia de tecnologia (e provavelmente na maioria das empresas de mídia) e vai sobrecarregar os tribunais sobre os limites de cada cláusula.

E isso ainda antes de chegarmos às questões realmente espinhosas.

Os resultados podem se tornar extremamente estranhos: as pessoas que realizam buscas nos EUA poderão ver os dados "privados" de cidadãos europeus, enquanto os moradores de outros países não terão esse direito?

A consequência, para os resultados de busca, vai ser ou um incômodo paralelo com a censura interna da China ou um grande incentivo para que os investimentos em tecnologia fujam correndo da Europa. E se presume que nenhum desses dois desfechos seja --nem remotamente-- o desejado.


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