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Greve e chute elevam tensão na Turquia

Milhares protestam após acidente em mina; assessor de premiê agride manifestante, aumentando revolta contra governo

Tragédia tem 283 mortos confirmados; há 142 desaparecidos, mas chance de terem escapado é pequena

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A morte de ao menos 283 pessoas depois da explosão em uma mina no oeste da Turquia causou, nesta quinta (15), uma greve geral e novos protestos contra o governo.

A divulgação de uma foto que mostra um assessor do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan agredindo um manifestante inflamou ainda mais a revolta.

As imagens mostram Yusuf Yerkel, vice-chefe de gabinete do primeiro-ministro, chutando um manifestante na última quarta-feira (14) na cidade de Soma (a 250 km de Istambul), local onde ocorreu o acidente na mina.

O chute aconteceu quando o comboio de Erdogan foi atacado por familiares das vítimas. Yerkel confirmou que cometeu a agressão e disse que se arrependeu. "Eu peço desculpas por não ter conseguido manter a calma, apesar de todas as provocações, insultos e ataques que recebi", afirmou em nota.

Segundo jornais turcos, a vítima é familiar de um mineiro, mas essa informação não foi confirmada.

Além do chute, a greve também ajudou a insuflar os protestos. Os quatro principais sindicatos do país estudam estender a paralisação.

Eles reclamam da situação dos mineiros no país. Desde 2000, a Turquia registra 1.308 mortes nas minas.

A cidade de Izmir concentrou as maiores manifestações. Cerca de 20 mil pessoas foram às ruas contra o governo. A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo.

Em Soma, os familiares protestaram próximo ao local do acidente com gritos contra Erdogan. O presidente turco, Abdullah Gul, visitou a mina nesta quinta-feira. Na capital, Ancara, 3.000 pessoas tentaram chegar até o Ministério do Trabalho.

Pelo segundo dia consecutivo um grupo tentou marchar até a praça Taksim, no centro de Istambul, mas foi impedida pela polícia. O local é o símbolo das manifestações contra Erdogan que eclodiram em junho passado.

Também foram registrados protestos em Zonguldak, Bursa, Antalya e Diyarbakir.

O número de mortos em decorrência do acidente da última terça-feira (13) aumentou depois que mais nove corpos foram encontrados nesta quinta. As estimativas oficias apontam que 142 pessoas ainda estão desaparecidas.


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