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Oposição na Venezuela adia reunião com Unasul

Encontro com ministros é transferido para domingo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Líderes da oposição na Venezuela adiaram desta quinta (15) para domingo (18) encontro com os chanceleres da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), entre eles o brasileiro Luiz Alberto Figueiredo, num cenário de recrudescimento das tensões com o governo de Nicolás Maduro.

A intermediação da Unasul --que incluiu no diálogo o núncio apostólico (embaixador do Vaticano) em Caracas, Aldo Giordano-- tenta resolver a crise entre governo e oposição desde a eclosão da onda de protestos, em fevereiro. Conflitos no país já mataram 42 e feriram mais de 800.

"Os chanceleres disseram que vêm no fim de semana", declarou Ramón José Medina, um dos líderes da MUD (coalizão oposicionista), ao jornal venezuelano "El Universal".

"Esperamos que, como mediadores, os ministros e o núncio façam ver que, se o governo tem interesse em que o diálogo prospere, precisa tomar decisões e mudar de atitude", acrescentou Medina.

Na quarta-feira (14), forças de segurança da Venezuela detiveram 105 pessoas durante operação em uma movimentada avenida da capital.

Na semana anterior, o governo já desmantelara acampamentos de estudantes que protestavam diante do escritório da ONU e de outros três pontos de Caracas, prendendo mais de 200 pessoas. Em resposta, a oposição congelou o diálogo com o presidente.

Em evento no Estado de Táchira, o secretário-executivo da MUD, Ramón Guillermo Aveledo, afirmou que o governo tem "uma cara que quer dialogar e outra que insulta".

Também da MUD, o governador de Miranda, Henrique Capriles, disse que a crise não permite aos chavistas "obter oxigênio" com o diálogo --ontem, o vice-presidente Jorge Arreaza anunciou que o governo vai investigar revendas de veículos em sua investida contra a "especulação".

A declaração de Capriles é uma tentativa de rebater as críticas da oposição radical, que acusa os moderados da MUD de cederem a Maduro.

Também nesta quinta-feira, familiares de manifestantes detidos anunciaram a criação de uma Frente Nacional pela Libertação dos Estudantes e Presos Políticos, informou o jornal "El Nacional".

O objetivo, dizem líderes da frente, é organizar-se diante do grande número de prisões e desaparecimentos desde que os protestos começaram.

"Exigimos liberdade plena e incondicional de nossos filhos, que se tornaram presos políticos", disse Susana Rojas, mãe de um dos detidos.


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