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Diálogo dá esperança a vítimas, diz analista

DA ENVIADA A BOGOTÁ

"Não se deve minimizar os avanços do processo de paz. Pode ser que esteja lento, que existam pontos que mereçam ser mais bem discutidos. Mas suspender as negociações teria um custo muito alto", diz à Folha Martha Nubia Bello.

Ela integrou a comissão de Memória Histórica, responsável por elaborar um relatório sobre as consequências do conflito entre Bogotá e as Farc, entre 1958 e 2012.

Folha - Qual a gravidade do problema dos "desplazados" na Colômbia?

Martha Nubia Bello - É gigantesca. Não houve interrupção da chegada de gente do interior. Os números oficiais falam em 5 milhões de pessoas, mas seguramente são mais de 6 milhões.

Como a sra. avalia a ação do governo?

Há políticas há ao menos 15 anos. Durante esse governo houve mais ação, com a implantação da Lei de Vítimas e de centros que recebem essas pessoas.

Chegou-se à conclusão de que não basta construir albergues e dar assistência de emergência. É preciso políticas de inclusão, e resolver tanto o conflito no interior como as reivindicações sobre as propriedades de terra.

Como é a inserção dos "desplazados" em cidades como Bogotá?

É mais fácil para as mulheres, que têm mais possibilidade de trabalhar em casas de família. Os homens precisam de especialização e recomendações, que não têm.

Todos os "desplazados" buscam apoio do governo?

Não, e isso é preocupante. Muitos não têm informação, ou têm medo. Então buscam abrigar-se nas periferias.

Um candidato propõe seguir com a negociação de paz, com resistência, outro, suspendê-la. O que a sra. acha?

Há um risco na suspensão do acordo que não pode ser subestimado.

Fazer avanços no processo de paz é uma sinalização de que a situação pode se acalmar, de que as razões pelas quais as pessoas deixam suas casas podem diminuir.


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