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Opositor colombiano reitera que suspenderá negociação com Farc
Zuluaga e presidente Santos buscam alianças com vistas ao 2º turno
O vencedor do primeiro turno da eleição colombiana, Óscar Iván Zuluaga, repetiu na sua primeira entrevista após a votação de domingo (25) a promessa de suspender a negociação com a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
"Sou amigo da paz e estou disposto a buscar uma paz duradoura, mas é preciso haver condições. Se as Farc querem uma paz negociada, precisam interromper suas ações criminosas contra os colombianos de bem", disse o candidato nesta segunda (26).
Zuluaga, porém, disse estar disposto a reduzir para até seis anos as penas a cumprir pelos guerrilheiros presos.
Ex-ministro da Fazenda, o direitista Zuluaga, 55, obteve 29,7% dos votos no primeiro turno e superou o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, 62, que teve 25,6% --os dois vão disputar o segundo turno no dia 15 de junho.
A bandeira de campanha do ex-ministro, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, foi justamente suspender as negociações com as Farc iniciadas na gestão de Santos.
Ele fez campanha com um discurso linha-dura e a coordenação do brasileiro Duda Mendonça. A abstenção na eleição foi elevada: 60%.
Os dois candidatos começaram nesta segunda a articulação para firmar alianças no segundo turno. Zuluaga disse estar conversando com Marta Lucía Ramírez, a terceira colocada (15,5% dos votos).
Santos espera que a quarta e o quinto colocados, Clara López (15,2%) e Enrique Peñalosa (8,3%), favoráveis ao acordo com as Farc, deem apoio à sua reeleição. O ex-presidente e ex-secretário-geral da OEA César Gaviria assumiu a chefia da campanha do presidente colombiano.
