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Maduro elogia possível veto da Casa Branca a sanções à Venezuela

Câmara aprovou punições, mas Departamento de Estado diz que imposição não seria apropriada

Venezuelano, que já acusou EUA de estarem por trás dos protestos no país, disse querer as 'melhores relações'

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Num raro elogio aos EUA, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, saudou a aparente disposição do governo Barack Obama de não sancionar projeto aprovado pela Câmara que prevê sanções a autoridades venezuelanas.

Os deputados americanos aprovaram o pacote de sanções na última quarta (28), em resposta às acusações de violação de direitos humanos por parte do governo da Venezuela durante os protestos no país --que começaram em fevereiro e, desde então, deixaram pelo menos 42 mortos.

A medida, porém, ainda precisa passar pelo Senado (onde os democratas de Obama têm maioria, ao contrário do que ocorre na Câmara) e ser assinada pelo presidente.

Segundo a secretária-assistente do Departamento de Estado para Assuntos da América Latina, Roberta Jacobson, a Casa Branca acha que a imposição de sanções não é apropriada no momento.

Jacobson disse, porém, não saber se Obama vetaria as sanções caso elas sejam aprovadas também pelo Senado.

"Quero as melhores relações com o governo dos Estados Unidos, com base em respeito e comunicações permanentes", declarou Maduro, que ameaçou suspender as missões diplomáticas venezuelanas nos EUA caso as sanções entrem em vigor.

O projeto aprovado na Câmara dos EUA determina que o governo faça uma lista de autoridades venezuelanas que terão seu ingresso no país vetado e seus bens em território americano congelados.

Maduro e seus apoiadores, seguindo o caminho do antecessor do presidente, Hugo Chávez (1954-2013), têm repetidamente acusado Washington de tentar derrubá-lo e acusam os EUA de insuflar a onda de protestos deste ano.

EMBAIXADA

O presidente afirmou ainda que enviará a Washington Maximilien Arveláiz, ex-embaixador do país no Brasil, para atuar como encarregado de negócios. "[Ele vai] organizar a embaixada e levar a verdade da Venezuela."

Caracas e Washington não têm embaixadores desde 2010, quando acabou o período do embaixador americano Patrick Duddy --que chegou a ser expulso por Chávez.

O então presidente vetou Larry Palmer como sucessor de Duddy. Em represália, o governo Obama revogou o visto do embaixador venezuelano nos EUA, Bernardo Álvarez Herrera. Desde então, a diplomacia entre os dois países é comandada por encarregados de negócios.


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