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Brasileira monitora eleição em Damasco

Pleito sírio deve eleger Assad para presidente

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

O Brasil não enviou monitores para a controversa eleição presidencial síria, mas uma brasileira acompanha a votação, que deve dar mais um mandato para o ditador Bashar al-Assad.

E, para ela, está tudo correndo bem, apesar de a eleição ocorrer durante uma guerra civil que já deixou mais de 160 mil mortos.

A ex-deputada federal Socorro Gomes (PC do B-PA) viajou como representante de uma ONG, o World Peace Council (Conselho da Paz Mundial).

"O processo eleitoral está correndo bem. É como o Brasil em época de eleição, com a polícia na rua, só que em maior número", disse à Folha, por telefone.

Ela, que afirmou ter se reunido com o presidente do Parlamento sírio, diz que é notável o clima de "cantoria" nas ruas de Damasco.

"Há aqui na Síria um esforço pela paz", declara a ex-parlamentar, que foi eleita em 2006 e depois ocupou o cargo de secretária de Justiça e Direitos Humanos do Pará.

Em razão da presença de Gomes, a mídia estatal síria chegou a declarar que havia uma "delegação" brasileira monitorando a eleição.

Na verdade, o Itamaraty, que fechou a embaixada no país em 2012, não integra a missão.

A Câmara dos Deputados brasileira recebeu convite para enviar monitores, mas declinou da oferta.

FARSA

A eleição, realizada nesta terça (3), deve dar mais um mandato de sete anos a Assad, que herdou o poder após a morte de seu pai, Hafez, em 2000.

Há dois candidatos de oposição, mas que fazem figuração: são aliados de Assad e não representam ameaça real ao que deve ser uma vitória esmagadora.

Houve diversos ataques de morteiros em áreas centrais de Damasco durante a votação, e relatos apontam intensificação do combate nas regiões periféricas da capital.

O voto foi estendido em cinco horas por causa do "grande comparecimento às urnas", segundo a mídia estatal. Não está claro quando será divulgado o resultado.

As eleições só foram realizadas nas áreas do país que estão sob o controle do regime.

A comunidade internacional recebe o pleito sírio como uma farsa para dar roupagens democráticas ao regime.

Praticamente nenhum país ocidental deve reconhecer o resultado final.


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