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Farc fazem cessar-fogo no final da campanha colombiana
Segundo turno ocorre domingo; guerrilha torce por reeleição de presidente, com quem negocia um acordo
As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) iniciaram nesta segunda (9) um novo cessar-fogo unilateral em respeito ao segundo turno da eleição presidencial. A suspensão dos ataques deve durar até o dia 30.
O chefe da guerrilha, Rodrigo Londoño, anunciou no sábado (7) o cessar-fogo. As Farc já tinham adotado a mesma tática durante dez dias no primeiro turno, que aconteceu no final de maio.
As autoridades colombianas confirmaram que até o momento o cessar-fogo foi respeitado e não foram registrados atentados do grupo.
Apesar disso, um membro do ELN (Exército de Libertação Nacional), segunda maior guerrilha da Colômbia, morreu em um confronto com o Exército. O grupo, que já tinha declarado que não iria seguir o cessar-fogo, atacou um oleoduto no leste do país.
O segundo turno, no próximo domingo (15), opõe o atual presidente, Juan Manuel Santos --que negocia um acordo de paz com as Farc--, a Iván Zuluaga, apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe e contrário às negociações.
As últimas pesquisas mostram que os dois estão tecnicamente empatados.
Santos recebeu nesta segunda o apoio das principais centrais sindicais do país --as entidades apoiam um acordo de paz.
No evento, que reuniu 140 sindicatos, o presidente criticou Uribe, seu antecessor. "Há quatro anos, havia um governo que depreciava os direitos dos trabalhadores", discursou Santos.