Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Monarquistas tomam praça, apesar de protesto

DO ENVIADO A MADRI

Depois do aparato que impediu manifestações durante a coroação de Felipe 6º, 200 manifestantes pró-república entraram à noite em rápido confronto com a polícia, no centro de Madri.

Ao menos cinco pessoas foram detidas, somando-se a outras três presas antes por tentar algum tipo de protesto antimonárquico durante o percurso do Rolls Royce real.

Enquanto isso, a praça do Oriente, em frente ao Palácio Real, virou uma grande arquibancada pró-realeza, como queriam as autoridades locais. "Que esse rei dure muitos anos, porque não quero mais passar esse calor esperando um aceno dele", dizia ao pai o jovem Miguel Muñoz, 15, vindo de Córdoba (Andaluzia) para a coroação.

"Somos monarquistas, e é uma vez na vida que temos a chance de ver o rei de perto. Não creio que o movimento pró-república prospere, não faz sentido para a Espanha", diz o pai de Miguel, José, 43.

Havia de tudo: jovens, imigrantes e gente mais velha, que viveu a ditadura de Francisco Franco (1939-75), anterior ao reinado de Juan Carlos.

"Viva o rei, viva a Espanha", puxava o coro o estudante de história Rodrigo Murillo, 18, de Sevilha. Ele reclamou estar cansado de ser chamado de "fascista" por amigos. "Sou patriota. A monarquia é o símbolo da unidade da Espanha. Trouxe a estabilidade", dizia, orgulhoso por ter visto o novo rei de perto.

Aos gritos de "guapo" (lindo), Sagrario Cabrera, 67, disse à reportagem que não tem o que reclamar da ditadura: "Na época do Franco, tínhamos emprego". E o reinado de Juan Carlos? "Trouxe representatividade para a Espanha. E Felipe 6º é preparado, é nossa esperança." (LC)


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página