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Refugiados no Iraque já somam 1 milhão

De acordo com a ONU, metade deixou suas casas em Mossul após tomada da cidade por grupo fundamentalista

Confrontos continuam ao redor da maior refinaria do país, em Baiji; rebeldes tomam aeroporto no norte

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A crise humanitária causada pelos conflitos no Iraque entre governo e jihadistas já deixou 1 milhão de desalojados, disse a ONU em relatório nesta sexta (20).

De acordo com a coordenadora humanitária da organização no país, Jacqueline Badcock, metade desse contingente saiu de suas casas após os combatentes do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) tomarem o controle da cidade de Mossul, a segunda maior do país, no último dia 10.

Desde a operação, os radicais sunitas lançaram ataques a outros locais-chave, como a refinaria de Baiji --a maior do Iraque-- e ameaçam seguir em direção a locais sagrados xiitas, ramo do islamismo seguido pela maioria dos iraquianos.

Nesta sexta, foram registrados mais confrontos nos arredores da refinaria em Baiji, cercada por rebeldes desde o início da semana. O EIIL afirma ainda ter tomado a maior parte do aeroporto de Tal Afar, próximo a Mossul.

Testemunhas disseram que jihadistas destruíram as estátuas de Othman al-Mousuli, um músico e compositor iraquiano do século 19, e de Abu Tammam, um poeta árabe medieval, ambos em Mossul, segundo a Reuters.

O túmulo de Ibn al-Athir, um filósofo árabe que viajava com o Exército do sultão guerreiro Saladino no século 12, foi profanado depois que o EIIL tomou a cidade.

Em um sinal de que a crise pode se espalhar por outros países do Oriente Médio, autoridades do Líbano disseram ter prendido 17 terroristas suspeitos de pertencerem ao EIIL em um hotel, na capital, Beirute.

Eles estariam planejando um atentado contra um político xiita.

APELO

Ainda nesta sexta, a máxima autoridade xiita do Iraque, o aiatolá Ali al-Sistani, exigiu que o novo Parlamento do país se reúna e forme um governo com aprovação de todos, segundo um representante do religioso, Ahmed al Safi.

"É necessário iniciar um diálogo entre os blocos ganhadores [das eleições de abril] para que se forme um governo que obtenha a aceitação nacional", disse Safi durante o sermão da reza das sextas-feiras na cidade santa xiita de Karbala.

A Corte Suprema ratificou há quatro dias os resultados das eleições parlamentares realizadas em 30 de abril, que deram a vitória por maioria simples à coalizão xiita dirigida pelo primeiro-ministro, Nuri al-Maliki.

Safi, em nome de Sistani, advertiu que "demorar" para formar o novo governo -- visto que o atual é interino-- complicará a situação no Iraque.

Estados Unidos, Reino Unido e França, entre outros países, pediram nesta semana a Maliki que formasse um governo "inclusivo", em um momento no qual o país enfrenta o avanço da insurgência sunita liderada pelo EIIL.

Sistani fez um apelo aos estabelecimentos de venda de alimentos e pediu para que não subam os preços para ajudar no enfrentamento da crise no país.


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