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Tática de grupo islâmico inclui Twitter e Photoshop

DA AFP DO "FINANCIAL TIMES"

O grupo radical Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL) usa --além da força militar-- a tecnologia e as redes sociais como armas para conquistar seu objetivo de criar um califado islâmico na região. A organização divulga balanços, usa contas no Twitter, cria hashtags e tem até um aplicativo.

No dia em que o EIIL tomou Mossul, há duas semanas, cerca de 40 mil tuítes a favor do grupo foram publicados, segundo o pesquisador de mídias sociais JM Berger. A coordenação das mensagens é feita por meio do aplicativo do grupo, chamado de "Madrugada das Boas Notícias".

"Sempre que eles erguem a bandeira em algum prédio do governo capturado, sempre que eles estabelecem um novo tribunal da sharia, eles tuítam sobre isso", disse Peter Neumann, do King's College de Londres.

Apesar de o grupo ainda não ter alcançado Bagdá, ele já criou uma hashtag para o ataque: #ISISWeAreComingBaghdad (#EIILnósestamoschegandoBagdá, em uma tradução livre).

Para Nigel Inkster, ex-oficial do MI6 (o serviço de inteligência britânico), o sucesso do grupo nas redes sociais ajudou a deixar o Exército iraquiano "psicologicamente superado".

Além das redes sociais, o EIIL também divulga um relatório anual de suas ações.

O balanço apresenta o número de atentados a bomba, assassinatos, postos de controle, missões suicidas, cidades tomadas e até pessoas convertidas à causa.

Chamado de Al-Naba (As Notícias), o texto é feito desde 2012 e tem como um dos objetivos mostrar aos doadores a organização do grupo.

Em 2013, o EIIL realizou quase 10 mil operações no Iraque, entre elas mil assassinatos, 4.000 artefatos explosivos improvisados plantados e centenas de prisioneiros radicais libertados.

"O EIIL produz os relatórios quase como se fosse uma empresa, com informações detalhadas sobre alvos e operações de martírio. Temos uma visão clara da estrutura, do planejamento e da estratégia da organização." disse Inkster.

FOTOS

O grupo costuma publicar na internet fotos de suas ações, como as reveladas no domingo (15) que mostravam um massacre de militares iraquianos.

Por meio de um programa que detecta mudanças nas imagens, é possível perceber que as fotos foram alteradas digitalmente por programas como o Photoshop. O EIIL reforçou o vermelho das imagens, destacando o sangue das vítimas. Além disso, borrou os rostos dos militantes, para que eles não possam ser identificados.


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