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Francisco critica a legalização de drogas

Chefe da Igreja Católica diz que medida não traz efeitos prometidos e que está preocupado com risco para jovens

Na contramão, o Estado de Nova York aprovou o uso de maconha por pessoas com doenças graves, como câncer

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O papa Francisco se pronunciou com firmeza nesta sexta-feira (20) contra a legalização das drogas, inclusive as consideradas leves, um assunto em pauta em diversos países da América Latina e nos Estados Unidos.

Em comunicado aos participantes de uma conferência internacional sobre narcotráfico que acontece em Roma, Francisco pediu que se rejeite "todo tipo de droga".

"Quanto a isso, não podem existir exceções", afirmou o pontífice, em uma reprimenda ao Uruguai, que recentemente regulamentou o primeiro mercado legal de maconha do mundo.

"As legalizações das drogas leves não produzem os efeitos prefixados", disse.

O papa também criticou o uso de psicofármacos para tratar vícios. "As drogas substitutivas não são uma terapia suficiente, e sim um modo velado de render-se ao fenômeno", disse. "A droga não é vencida com a droga", concluiu.

Em seu comunicado, o papa argentino pediu atenção ao combate ao narcotráfico ao afirmar que "o flagelo da droga continua avançando de maneira e dimensões impressionantes ao ser alimentado por um mercado infame, que vai além das fronteiras nacionais ou continentais".

Ele ainda afirmou sentir "dor e preocupação" principalmente porque, acredita, "o risco aumenta para os jovens e para os adolescentes".

De acordo com Francisco, quando se diz "sim' à vida, sim' ao amor, sim' aos outros, sim' à educação, sim' ao esporte e sim' ao trabalho", "não há lugar para a droga, abuso de álcool ou outras dependências".

O papa citou como exemplos a serem seguidos aqueles "jovens que querem se livrar da dependência da droga e que se empenham para reconstruir a vida", dizendo que eles devem ter um "estímulo e olhar para frente com confiança".

MEDICINAL

As iniciativas pró-liberação de drogas continuam, no entanto. Depois de meses de discussões, também nesta sexta, a Assembleia e o Senado do Estado americano de Nova York aprovaram o uso medicinal de maconha.

Desta forma, Nova York se torna o 23º Estado dos EUA a autorizar o uso da substância por pacientes de câncer, Aids, glaucoma, esclerose múltipla e outras doenças graves, assim como para tratar crianças com epilepsia.

Lá, porém, não será permitido fumar a erva. Ela deverá ser consumida por via oral ou vaporizadores.

A legislação levará cerca de um ano e meio para entrar em vigor. Nesse período, o governo deve elaborar regras e assinalar quem se encarregará de fornecer a substância. A princípio, serão cinco entidades, por meio do governo.


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