Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Israel envia tropas à fronteira com Gaza

Após troca de ataques entre faixa de Gaza e Israel, Exército convoca reservistas e cerca o território palestino

Aumento da tensão na região é consequência da morte de 3 jovens israelenses e 1 palestino nos últimos dias

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Exército de Israel mobilizou tropas e convocou reservistas para a fronteira com Gaza nesta quinta-feira (3). A manobra aconteceu após ao menos 21 foguetes terem sido atirados em território israelense, durante a madrugada.

Os mísseis foram lançados em direção à cidade de Sderot, que fica a menos de 1 km de Gaza, e não deixaram feridos --apenas casas foram danificadas. Dois foguetes foram interceptados pelo sistema de defesa israelense, chamado Domo de Ferro.

Em Gaza, o Exército israelense realizou 15 ataques aéreos que deixaram 11 feridos, um deles em estado grave.

Segundo o serviço de saúde palestino, os ataques fizeram vítimas na Cidade de Gaza e Beit Lahiya. Militares de Israel afirmam que só bases do Hamas foram atingidas.

O tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz israelense, disse que, apesar das mobilizações, a intenção não é invadir Gaza.

"Não temos interesse em aprofundar o conflito com Gaza, muito pelo contrário", afirmou Lerner. "Nós temos que estar preparados para o caso de o Hamas decidir continuar", completou, em conferência a jornalistas.

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que interromperá as ações se Gaza parar de lançar foguetes.

Um representante do braço armado do Hamas ameaçou aumento nos ataques, caso Israel realize uma operação de larga escala em Gaza.

"Dizemos à ocupação [Israel] que qualquer passo estúpido cometido por seus líderes fará com que suas cidades sejam alvos para nós", disse o militante encapuzado em entrevista coletiva.

O aumento nas tensões no sul de Israel acontece em meio aos desdobramentos da morte de três jovens israelenses, cujos corpos foram encontrados na segunda (30).

Depois do funeral, o palestino Muhammad Hussein Abu Khdeir, 16, foi sequestrado e morto em Jerusalém, em um possível ato de vingança por extremistas judeus. A polícia israelense investiga o caso.

PROTESTOS

Desde o assassinato de Muhammad, Jerusalém Oriental --região de maioria árabe-- foi tomada por protestos de palestinos. Nesta quinta (3), manifestantes bloquearam uma linha de trem e atiraram pedras na polícia, que atacou com bombas de efeito moral e balas de borracha.

Segundo o chefe de operações do Crescente Vermelho --organização ligada à Cruz Vermelha-- em Jerusalém Oriental, 232 pessoas ficaram feridas nos confrontos.

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, acusou colonos judeus de terem matado Muhammad, e pediu ao justiça ao governo de Israel.

Segundo o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, a investigação tenta determinar se a ação foi crime comum ou houve motivação nacionalista.

O funeral do jovem acontecerá na tarde desta sexta-feira (4). A polícia teme que a cerimônia seja motivo de mais conflitos em Jerusalém.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página