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Homicídios dão combustível a iniciativas discriminatórias

DO “NEW YORK TIMES”, EM JERUSALÉM

O sequestro e morte de um jovem palestino numa floresta de Jerusalém nesta quarta (2) envenenou ainda mais a relação entre israelenses e palestinos.

Os eventos expuseram em que medida alguns dos envolvidos, de parte a parte, desumanizaram seus oponentes.

Depois do sequestro dos três adolescentes israelenses, no mês passado, mensagens postadas por palestinos em redes sociais celebravam a captura dos "três shalits", uma referência a Gilad Shalit, soldado israelense detido por militantes do Hamas em Gaza e que terminou libertado em troca de 1.027 prisioneiros.

Nos funerais dos três, terça-feira (1º), centenas de manifestantes direitistas se reuniram em Jerusalém para exigir vingança. Gritando "morte aos árabes", eles tentaram atacar transeuntes, que precisaram ser resgatados pela polícia. Mais de 40 manifestantes foram detidos.

Um jovem de 17 anos criou uma página de Facebook com o título "o povo de Israel exige vingança", que rapidamente reuniu 35 mil "curtidas". A página foi tirada do ar depois de dois dias.

O blogueiro israelense Ari Kaufman destacou uma foto submetida ao grupo do Facebook que mostrava duas garotas sorridentes segurando um cartaz com os dizeres: "Odiar os árabes não é racismo, é defender os nossos valores".

Yoaz Hendel, antigo diretor de comunicações do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, expressou desalento pela morte do palestino.

"É inacreditável como algumas poucas centenas de judeus racistas podem causar tamanho dano a todo o país", escreveu Hendel em sua página do Facebook, em hebraico. "Os resultados da investigação sobre a morte do menino já se tornaram desimportantes. Depois das imagens de uma multidão gritando morte aos árabes', o estrago está feito".


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