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'Direito de ser esquecido'
BBC e 'Guardian' reportam ter tido páginas suas excluídas pelo Google
DE SÃO PAULO - A emissora BBC e o jornal "The Guardian", ambos ingleses, admitiram que tiveram páginas de seus sites na internet excluídos das buscas do Google devido à lei que dá aos usuários da União Europeia o chamado "direito de ser esquecido".
Apenas as buscas feitas na UE são afetadas pela lei.
A BBC adotou uma postura crítica a respeito da lei, por meio de um artigo de seu editor de economia, Robert Peston, que teve artigos seus excluídos das pesquisas do sistema.
Peston critica o fato de o autor do pedido de "ser esquecido" que afetou um de seus textos ser um leitor que postou um comentário na página voluntariamente, e não alguém citado pelo autor do texto no artigo em si.
O Google não revela os nomes dos autores dos pedidos.
As medidas seguem decisão TJUE (Tribunal de Justiça da União Europeia), que em 13 de maio reconheceu o direito dos cidadãos de serem "esquecidos" na internet, ou seja, de poderem pedir ao Google e a outros buscadores que retirem os links.
No final de maio o buscador disponibilizou um formulário que permite aos usuários solicitarem a retirada desses dados pessoais.
De acordo com a BBC, mais de 70 mil cidadãos da UE pediram para que o Google retirasse links com seus nomes de suas busca entre 29 de maio e 30 de junho. Não se sabe quantos pedidos foram avaliados como procedentes.
Em declaração à emissora, o porta-voz do vice-presidente da Comissão Europeia, Neelie Kroes, disse que a decisão que afeta o link do site britânico "não foi um bom julgamento".