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Alemão suspeito de espionar para EUA é preso

Segundo imprensa da Alemanha, homem de 31 anos teria vazado dados sobre investigação a respeito de grampos

Episódio novamente causa mal-estar entre Merkel e Obama, após escândalo da NSA, revelado ano passado

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Alemanha convocou nesta sexta-feira (4) o embaixador dos Estados Unidos em Berlim, John Emerson, para dar explicações, após uma novo caso de espionagem entre os dois países.

Desta vez, o pivô é a prisão de um alemão de 31 anos de idade, que não teve a identidade revelada.

Segundo a imprensa alemã, ele trabalha para o serviço secreto do país (BND), mas repassou informações secretas aos EUA.

Parte das informações, ironicamente, seria a respeito da investigação que o Parlamento alemão realiza acerca do escândalo de espionagem da Agência de Segurança Nacional americana (NSA).

A NSA teria espionado diversos alvos na Alemanha, inclusive o celular da chanceler, Angela Merkel, segundo revelou o ex-funcionário da agência Edward Snowden.

O homem, que foi preso na quarta-feira (2) inicialmente sob suspeita de passar informações para a Rússia, teria confessado ao procurador-geral alemão que fez revelações aos EUA.

O jornal alemão "Bild" afirma que o suspeito trabalha como agente duplo há dois anos e que roubou 218 documentos confidenciais. O homem teria oferecido as informações à embaixada dos EUA em Berlim em 2012 em troca de € 25 mil (R$ 75,2 mil).

Dois parlamentares que fazem parte do comitê alemão que investiga a NSA confirmaram à Reuters que o homem se ofereceu para colaborar com os EUA de forma voluntária.

"Esse homem não tem contato direto com o comitê de investigação. Ele não é um agente de alto escalão", disse o parlamentar, de forma anônima.

Merkel foi informada da prisão na quinta (3), segundo seu porta-voz, Steffen Seibert. "O governo alemão vai esperar os resultados da investigação. Não há dúvida de que se trata de uma questão grave", disse Seibert, em entrevista coletiva.

A Procuradoria-Geral alemã não confirmou as denúncias da mídia, dizendo apenas que o homem foi preso suspeito de espionar para outro país. A Embaixada dos EUA em Berlim, o Departamento de Estado americano e a Casa Branca não comentaram o caso.

Seibert disse ainda que Merkel falou com o presidente americano, Barack Obama, por telefone na quinta, mas não deu detalhes sobre a ligação.

O tema da espionagem causou mal-estar entre os dois países quando o grampo no celular de Merkel foi revelado, no ano passado.

O comitê de investigação do Parlamento alemão sobre a NSA, formado por nove pessoas, tem reuniões secretas.

Na quinta, os parlamentares ouviram os primeiros depoimentos da investigação, de dois ex-funcionários da agência americana, William Binney e Thomas Drake.

Também na quinta, um estudante foi o primeiro alemão --depois de Merkel-- a ser identificado como alvo da espionagem da NSA, segundo jornais alemães. O computador de Sebastian Hahn teria sido espionado porque ele usava um programa de criptografia que permite ao usuário permanecer anônimo na internet, evitando a vigilância.


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