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Obama ameaça usar decretos para modificar sistema

DE NOVA YORK

Com a "crise humanitária" instalada na fronteira e diante da recusa dos republicanos em avançar com a reforma imigratória, o presidente Barack Obama prometeu, nesta semana, usar decretos para mudar "o que conseguir" no sistema migratório sem a aprovação do Congresso. A estimativa é que haja atualmente cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais no país.

"Continuarei pressionando os republicanos da Câmara a deixarem as desculpas de lado e agirem, mas a América não pode esperar eternamente", disse Obama.

Na última semana, o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, reafirmou que a Casa não votaria uma reforma neste ano, aniquilando as chances de um projeto de lei abrangente aprovado pelo Senado em 2013 se transformar em lei.

O texto cria um processo de legalização escalonada, que pode levar até 13 anos, e aumenta gradualmente a emissão de vistos de trabalho H-1B para trabalhadores altamente qualificados.

Na última segunda-feira (30), contudo, Obama pediu ao Congresso US$ 2 bilhões para criar um fundo de emergência para conter o fluxo dos menores imigrantes na fronteira.

CENTROS LOTADOS

As dezenas de milhares de jovens com menos de 17 anos que chegaram aos Estados Unidos nos últimos meses vêm se acumulando em cerca de cem abrigos, improvisados em centros da patrulha de fronteira nos Estados que fazem divisa com o México.

A estimativa inicial é que esses espaços sejam de fato temporários, não funcionando por mais de quatro meses.

Grande parte dos menores dormem no chão, muitas vezes espremidos em espaços que lembram grandes celas com banheiros químicos. O banho é em chuveiros localizados em trailers.

O centro de Nogales, no Arizona, um depósito de 11 mil metros quadrados, abrigava cerca de 900 crianças no meio de junho.

Segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, os jovens ficam, em média, menos de 35 dias nos abrigos. São examinados e, se apresentarem qualquer sintoma de doença, são mantidos em quarentena.

Em alguns dos centros, como o de Brownsville (Texas), os jovens chegam a ter momentos de recreação: com folhas de papel e canetinha.


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