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Alemanha cobra explicação dos EUA sobre espionagem

Funcionário do serviço secreto alemão teria vendido ao governo americano mais de 200 documentos do Estado

Casa Branca evita falar sobre o caso; ex-secretária de Estado Hillary Clinton pede calma e pragmatismo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Autoridades alemãs cobraram publicamente neste domingo (6) explicações dos EUA após denúncias de que um funcionário da agência secreta do país (BND) teria vendido informações ao governo americano. O espião, cuja identidade não foi revelada, foi detido na quarta (2).

"Espero que todos cooperem para esclarecer essas alegações e que os EUA façam declarações claras e sem demora", afirmou o ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere, ao jornal "Bild".

O presidente da Alemanha, Joachim Gauck, que não tem poderes executivos, também disse à TV do país que, caso fique provado que a NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) usou um funcionário do BND para espionagem, a Alemanha deveria dar um "basta" na situação.

Apesar das declarações, a Casa Branca e o Departamento de Estado americano, até o momento, não comentaram a prisão do espião.

O "Bild", na semana passada, denunciou que o suspeito trabalhava como agente duplo há dois anos e que ele teria roubado 218 documentos confidenciais. O homem teria oferecido as informações à embaixada dos EUA em Berlim em 2012 em troca de € 25 mil (R$ 75 mil).

Segundo o jornal "Frankfurter Allgemeine am Sonntag", parte das revelações dizia respeito a uma investigação parlamentar sobre a espionagem feita pela NSA ao governo alemão. No entanto, o presidente da comissão responsável pela apuração negou, no sábado (5), que isso tenha ocorrido.

No ano passado, o ex-consultor da NSA Edward Snowden revelou que a agência tinha como alvo vários líderes internacionais, inclusive a chanceler Angela Merkel, cujo celular teria sido grampeado. Após as revelações, Berlim pressionou o governo americano por um acordo bilateral que garantisse a não espionagem, mas os EUA relutam em assumir esse compromisso.

As novas revelações devem abalar ainda mais os laços entre os dois países.

CALMA

A ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton pediu neste domingo (6) calma e pragmatismo ao tratar do tema. Clinton não faz mais parte do governo americano, mas é uma das principais cotadas para suceder Obama na Presidência em 2016.

Para ela, "é necessário esperar os fatos, porque há uma investigação federal [nos EUA] em andamento".

Ela fez essas declarações, em Berlim, durante um evento para apresentar sua autobiografia. Hillary dedicou vários minutos ao escândalo de espionagem americana em território alemão. Sobre Merkel, atualmente em viagem à China, disse "compreender totalmente" a preocupação dela com as denúncias.


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