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Sisudo, líder chegou a ter morte anunciada pelos EUA

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS DE SÃO PAULO

Mostrado pela primeira vez num vídeo que está entre os mais acessados nas redes sociais, o obscuro e misterioso personagem radical muçulmano Abu Bakr al-Baghdadi já foi chamado pela revista "Time" de "o homem mais perigoso do mundo" e apontado pelo "Le Monde" como "o herdeiro político de Osama bin Laden."

As imagens de Baghdadi, captadas na mesquita de Mossul, norte do Iraque, na última sexta (4), foram realizadas em dois planos.

Autoproclamado "califa" e líder do Estado Islâmico (EI), ele é mostrado com sua barba abundante e retocada, usando túnica e gorro negros.

A filmagem em plano inferior revela que Baghdadi usa um faiscante relógio com pulseira de metal, que alguns têm especulado nas redes sociais ser um Rolex ou um Omega --cada um custando em torno de US$ 5.000, se for verdadeiro.

Mas poderia ser um Baume & Mercier ou um Hublot, que custam até dez vezes mais.

O vídeo, que alguns consideram uma peça de cunho político-propagandista, retrata um sisudo líder islâmico que elogia os jihadistas e apela pela unidade entre muçulmanos do Iraque e da Síria.

O relógio de pulso, no entanto, destoa nesse contexto, pois soa estranho que um líder radical, a quem se atribui a prática da humildade, se permita tal extravagância.

Apontado como como o líder que ofuscou a Al Qaeda, Baghdadi é, a julgar pelas imagens colhidas na mesquita, bem mais afeito a mimos de consumo que o próprio Bin Laden, que em vídeos era visto usando um relógio de plástico "Timex Ironman", cujo preço é US$ 65.

A biografia de Abu Bakr al-Baghdadi é envolta em mistério. Ele possivelmente nasceu em 1971 em Samarra, ao norte de Bagdá e, até que o vídeo de sexta fosse parar na internet, havia apenas duas fotos legitimadas dele.

Em 2005, as forças norte-americanas anunciaram a sua morte numa incursão aérea pela fronteira da Síria.

Mas Baghdadi reapareceu vivo no Iraque em maio de 2010, à frente do Estado Islâmico (EI), que àquela altura se chamava Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL).

Classificado como terrorista em outubro de 2011 pelos EUA, Baghdadi voltou ampliando suas atividades na Síria e se opondo à Al Qaeda, que recomendava que sua atuação se concentrasse no Iraque, já que outro grupo jihadista, a Frente al-Nusra, combatia o regime sírio.

Em 2013, Baghdadi reapareceu, anunciando a fusão do Estado Islâmico com os combatentes da Frente al-Nusra.


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