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Israel cogita invasão a Gaza por terra

Governo israelense autoriza Exército a convocar mais de 40 mil reservistas e promete operação militar duradoura

No primeiro dia da Operação Margem Protetora, ao menos 23 palestinos morreram em ataques aéreos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo israelense autorizou, nesta terça-feira (8), a convocação de 40 mil reservistas do Exército para reforçar a ofensiva sobre a faixa de Gaza, chamada de Operação Margem Protetora.

Segundo a imprensa israelense, o primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, pediu ao Exército que faça planos para uma possível incursão terrestre no território.

"Todas as opções estão na mesa, incluindo invasão por terra", teria dito o premiê, numa reunião com assessores.

Desde a segunda (7), quando começou a operação, o Exército israelense realizou ao menos 146 ataques aéreos em Gaza, deixando 23 mortos --a maioria civis--, e mais de 50 feridos.

Em alguns casos, as forças israelenses telefonaram para os moradores antes dos ataques, dando cinco minutos para deixarem suas casas.

Do outro lado, militantes do Hamas atiraram mais de 90 foguetes em Israel, sem deixar nenhum ferido.

Pela primeira vez desde o início das hostilidades, soaram os alarmes que avisam a chegada de mísseis em Jerusalém, a 76 km de Gaza. Os ataques não chegavam tão longe desde 2012.

Ao menos um dos foguetes explodiu na região, e os outros teriam sido interceptados pelo "Domo de Ferro".

A prefeitura da cidade iniciou a abertura de abrigos públicos antibomba e instruiu cidadãos a prepararem os abrigos privados.

O Hamas e a Jihad Islâmica assumiram a responsabilidade pelos ataques.

As Brigadas Ezzedin al-Qassam, braço armado do Hamas, disseram que Israel "cruzou a linha vermelha" e prometeram manter os ataques com foguetes. "Israel vai lidar com as consequências de sua agressão bárbara e criminosa", afirmou a organização.

Pelo lado israelense, o ministro da Defesa, Moshe Yaalon, disse que a operação será duradoura. "Estamos nos preparando para uma batalha contra o Hamas que não terminará nos próximos dias."

Segundo veículos de mídia do país, quatro membros do Hamas tentaram chegar por água à cidade de Zikim, onde há uma base militar israelense, e foram mortos.

REPERCUSSÃO

A Liga Árabe pediu uma reunião de emergência ao Conselho de Segurança da ONU para discutir o assunto.

Antes disso, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, havia pedido à comunidade internacional uma intervenção imediata, "para travar a perigosa escalada, que poderá causar ainda mais destruição e instabilidade na região".

O governo americano repudiou os ataques de foguetes em Israel e defendeu o "direito de defesa" israelense.

"Nós condenamos fortemente os contínuos ataques de foguetes a Israel e as tentativas deliberadas de acertar civis por organizações terroristas de Gaza", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em comunicado.

A terça-feira (8) foi o dia mais violento desde o início da crise decorrente da morte de três adolescentes israelenses e do assassinato de um jovem palestino em retaliação, na semana passada.


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