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Candidato afegão rejeita resultado eleitoral

Partidários de Abdullah Abdullah exigem 'governo paralelo' se derrota for confirmada; EUA rechaçam a ideia

Secretário John Kerry ameaça cortar apoio financeiro e na área de segurança caso se tome o poder de modo 'ilegal'

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um dos candidatos no segundo turno da eleição presidencial no Afeganistão, o ex-chanceler Abdullah Abdullah, rejeitou os resultados parciais do pleito de 14 de junho que colocam à frente o seu adversário, o ex-ministro das Finanças Ashraf Ghani.

Abdullah, que liderou a votação no primeiro turno, está agora cerca de 1 milhão de votos atrás de Ghani, conforme os dados divulgados pela Comissão Eleitoral Independente na segunda-feira (7) --o ex-ministro das Finanças estaria com 56,44% dos votos.

A contagem final pode mudar quando os números oficiais saírem, em 22 de julho.

O ex-chanceler, combatente da resistência anti-Taleban, alega haver fraude generalizada nos resultados da votação e insistiu que os resultados devem ser adiados até que todas as zonas eleitorais problemáticas sejam auditadas. Ashraf Ghani declarou concordar com a auditoria.

Em 2009, Abdullah já havia sido derrotado pelo atual presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, em outro pleito repleto de acusações de fraude. O ex-chanceler se recusou a disputar o segundo turno, o que acabou por assegurar a reeleição de Karzai.

Nesta terça (8), milhares de simpatizantes de Abdullah se reuniram na capital, Cabul, exigindo que ele forme um gabinete paralelo e um governo unilateral --uma medida que, se tomada, pode dividir ainda mais o instável país.

EUA PREOCUPADOS

Ressaltando a magnitude da crise, Abdullah disse que o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, irá visitar o Afeganistão na sexta-feira (11). Kerry chegou a Pequim nesta terça para o anual Diálogo Estratégico e Econômico. Os encontros entre Estados Unidos e China terminam na quinta-feira (10).

Preocupado com os rumores de "gabinete paralelo" afegão, Kerry afirmou que não haverá justificativa para a violência ou "medidas extraconstitucionais" no país.

"Tenho acompanhado com grande preocupação as informações sobre protestos no Afeganistão e sugestões de um governo paralelo'", disse ele em um comunicado divulgado pela Embaixada dos Estados Unidos em Cabul.

"Qualquer ação para tomar o poder de forma ilegal custará ao Afeganistão o apoio financeiro e na área de segurança dos EUA e da comunidade internacional", acrescentou o secretário de Estado.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que o presidente Barack Obama falou com Abdullah na segunda à noite e pediu calma. Também afirmou que as acusações de fraude precisam ser adequadamente apuradas.

O Afeganistão é fortemente dependente de doadores estrangeiros para financiar tudo, desde a construção de estradas ao pagamento de professores e segurança.

ATENTADO

Também nesta terça, pelo menos dez civis e dois policiais morreram num ataque perto de Charakar, no leste afegão. Os extremistas do Taleban assumiram a autoria.


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