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Rivais reivindicam vitória em eleição presidencial indonésia
Impasse é inédito no país, que abriga maior população muçulmana do mundo e tem importância estratégica
Resultado oficial não deverá sair antes de 22 de julho; governo teme que demora gere onda de protestos violentos
Os dois candidatos que disputam a Presidência da Indonésia, mais populoso país muçulmano do mundo, reivindicaram vitória, nesta quarta-feira (9), abrindo caminho para uma longa batalha judicial.
Horas depois que as urnas foram fechadas, Joko "Jokowi" Widodo, governador de Jacarta, disse que havia sido eleito, baseado em contagens rápidas de mais de 90% dos votos. Ele fez campanha dizendo ser um novo tipo de político, com a promessa de fazer reformas econômicas e sociais no país.
Mas o ex-general Prabowo Subianto, o rival, visto como representante da velha guarda que floresceu no final da ditadura de Suharto (1967-98), informou que outras contagens de votos o apontavam vencedor.
Subianto não disse a que pesquisas se referia, enquanto Jokowi citou seis institutos, a maioria vistos como confiáveis e independentes.
Entre eles estão três agências apartidárias que ofereceram projeções precisas ao final das eleições legislativas de abril passado.
A Comissão Eleitoral da Indonésia levará duas semanas para promulgar o resultado, e o novo presidente só assume em 1º de outubro.
Um importante assessor de Jokowi informou que o partido não realizaria nenhuma ação formal, como nomear um ministério, até que o resultado oficial seja anunciado, por volta de 22 de julho.
O impasse não tem precedentes na Indonésia, que realiza apenas a sua terceira eleição presidencial direta.
Foi a campanha mais suja e mais hostil na história de um país que tradicionalmente valoriza o consenso na política. Antes da votação, os candidatos estavam empatados nas pesquisas.
A rúpia indonésia atingiu sua melhor marca em sete semanas diante do dólar, após a declaração de vitória de Jokowi.
