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Casa de brasileiro no sul de Israel é atingida por foguete vindo de Gaza

DIOGO BERCITO EM MADRI

Um dos foguetes atirados pelo Hamas na manhã desta terça (15) atingiu a casa do brasileiro Jacques Klapp, que fica na cidade de Ashdod, a 42 km de Tel Aviv.

O imóvel de Klapp, 29, que trabalha em uma start-up de tecnologia, foi danificado pela explosão na área externa. A casa de um vizinho foi gravemente avariada. O cachorro dele, da raça Weimaraner, teve a pata ferida por um estilhaço.

"Ainda estou tentando entender o que aconteceu", disse o brasileiro à Folha por telefone. Klapp trabalha em Tel Aviv e foi avisado do dano por um amigo. "Vim correndo para cá", conta.

"O foguete estourou meu quarto. Não tenho mais eletricidade. Também não tenho porta, e, por isso, não posso sair de casa", diz. "O governo mandou funcionários para ver os danos, e eles vão pagar pela reconstrução."

Klapp imigrou para Israel aos 12 anos e, desde então, vive em Ashdod --constante alvo dos foguetes de curto alcance vindos da faixa de Gaza, a 30 km. Em 2008, um projétil palestino aterrissou a cinco metros da casa.

"Já pensei em me mudar, mas as outras cidades, como Tel Aviv e Jerusalém, são muito caras", afirma o brasileiro. "Além disso, por que eu vou sair da minha casa? Não fiz nada a ninguém."

"Até hoje eu não tinha sentido medo. Não gostava dos alarmes à noite, de correr para o abrigo. Mas pensava que, se tiver de cair um foguete na minha casa, terá sido o meu destino. Preciso ficar aqui, é o meu país", diz.

Assim como Klapp, israelenses têm sido afetados por foguetes do Hamas em uma grande extensão do país. Mas as forças de defesa de Israel contam com o sistema antiaéreo chamado Domo de Ferro, que intercepta projéteis durante o seu trajeto.

Desde o início da operação militar Margem Protetora, o dano mais grave foi registrado na faixa de Gaza.

Um relatório do governo palestino estima que 560 casas tenham sido destruídas e 13 mil, danificadas. Houve também três hospitais avariados, além de três mesquitas. Até a noite desta terça, 194 palestinos haviam morrido.

"Precisamos terminar com o Hamas", diz Klapp. "Não por Israel, nós temos o Domo de Ferro. Precisamos destruí-lo para libertar os palestinos de Gaza, que não têm culpa de nada."


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