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Trégua em Gaza falha, e morre 1º israelense

Vítima, de 37 anos, trabalhava perto do território palestino; mediado pelo Egito, cessar-fogo é rejeitado pelo Hamas

Confronto matou pelo menos 194 palestinos desde o dia 8; premiê de Israel ameaça usar mais força contra o Hamas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Israel retomou seu intenso bombardeio à faixa de Gaza nesta terça (15), após o grupo islâmico Hamas, que controla a região, ter rejeitado proposta de cessar-fogo do Egito, e no mesmo dia em que foi registrada a primeira morte de um israelense no conflito.

Desde o início da operação contra o Hamas, lançada pelo Exército de Israel no último dia 8 --terceira ofensiva israelense em Gaza nos últimos seis anos--, ao menos 194 palestinos morreram e mais de 1.400 ficaram feridos, conforme fontes palestinas.

Nesta terça, um foguete lançado de Gaza matou um civil israelense de 37 anos nas cercanias da passagem de Erez, na divisa com a área controlada pelo Hamas. Um porta-voz de Israel disse à agência de notícias AFP que o homem entregava comida a soldados que atuam na região.

O plano egípcio de trégua, primeira tentativa de suspender o conflito, foi brevemente aceito por Israel, mas caiu por terra quando novos disparos foram feitos de Gaza em direção à cidade israelense de Ashdod; em seis horas, as hostilidades recomeçaram.

Estima-se que militantes do Hamas tenham disparado nesta terça mais de 120 foguetes e morteiros contra o território israelense; o sistema antimísseis de Israel, o Domo de Ferro, interceptou vários dos projéteis lançados na trégua.

Ao anoitecer, mais de 40 foguetes atingiram Israel em minutos --um deles caiu numa escola vazia-- e a TV mostrou crianças agachadas atrás de um muro na praça principal de Tel Aviv, enquanto as sirenes que alertam para ataques aéreos disparavam.

Na quarta-feira (16) pela manhã (terça, 15, à noite no Brasil), as forças israelenses disseram ter bombardeado a casa de um dos líderes do Hamas, Mahmud al-Zahar. Não havia notícias sobre vítimas.

'MAIS FORÇA'

Em discurso, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou que Israel não tinha alternativa senão responder com mais força ao Hamas e disse que o grupo "pagará o preço" por continuar lutando.

Segundo as Forças Armadas de Israel, foram 33 ataques na tarde de terça. Estima-se que ao todo, desde 8 de julho, a aviação israelense tenha feito cerca de 1.700 ataques a Gaza, enquanto militantes palestinos dispararam mais de 1.200 projéteis.

Mais cedo, o chanceler israelense, o ultranacionalista Avigdor Lieberman, havia criticado a trégua e pedido a Netanyahu que enviasse o Exército a Gaza. "Israel deve ir até o fim. Cessar-fogo é um acordo tático para que o Hamas continue se fortalecendo."

A possibilidade de invadir Gaza por terra, já aventada por Israel, não é bem vista pelos EUA, maior aliado do país.

Em Washington, a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, repetiu que Israel tem o direito de se defender, mas "ninguém quer um confronto terrestre". "Nossos esforços continuam concentrados na obtenção de um novo cessar-fogo", acrescentou a porta-voz.

MEDIAÇÃO

O Hamas diz não considerar o atual governo do Egito um mediador imparcial --o movimento radical islâmico estava mais próximo do presidente anterior, o islamita Mohammed Mursi, derrubado em 2013 por um golpe liderado pelo atual presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.

O conflito anterior com Israel, em 2012, foi resolvido com mediação egípcia. Hoje, porém, o Hamas vê a trégua proposta como "ultimato" e diz que o plano não resolve problemas como o bloqueio da fronteira de Gaza, imposto por Israel e Egito em diferentes graus desde 2007.


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