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Desastre na Ucrânia

Parecia um bombardeio, diz testemunha de tragédia

Moradores descrevem uma 'chuva' de destroços após a queda do avião

Cenário é de corpos carbonizados e amputados por toda a região, incluindo o de algumas crianças

DE SÃO PAULO E DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A queda do avião do voo MH17 da Malasyia Airlines deixou corpos e destroços espalhados por um raio de 15 quilômetros na região da cidade de Grabovo, no leste da Ucrânia.

Segundo testemunhas que chegaram no local após o acidente, o cenário é devastador. Parte das vítimas continuava presa às cadeiras ou à fuselagem. Muitos corpos estavam nus porque as roupas se desfizeram na queda.

Moradores disseram à rede de televisão CNN que "o avião explodiu no ar e choveram pedaços, do próprio avião e dos passageiros". O repórter americano Noah Sneider disse ao canal que os corpos carbonizados se estendiam por quilômetros.

Segundo relato da jornalista Sabrina Tavernise ao "New York Times", alguns corpos continuavam intactos. Ela descreve uma das vítimas como uma mulher grisalha, vestindo apenas um sutiã preto, com uma perna quebrada e o corpo revirado.

Ela também viu o corpo de crianças, como o de um menino de bermuda azul e tênis segurando seu iPhone --o aparelho ficou intacto.

Outro corpo é de um garoto de cerca de 10 anos com uma camiseta com a inscrição "não entre em pânico".

Segundo o Ministério do Interior da Ucrânia, havia 80 crianças no voo. A Malaysia Airlines confirmou que pelo menos três mortos eram crianças.

O "Guardian" relatou o forte cheiro de combustível em toda a região, que contrasta com o cenário, uma zona rural pouco movimentada. Um pé amputado foi encontrado logo na entrada da vila.

Moradores descrevem a queda do avião como se fosse um bombardeio. O casal local Olga e Alexander disse à publicação que ouviu três estouros antes do impacto da queda os jogarem no chão.

"Eu estava trabalhando no campo com meu trator quando ouvi o som de um avião e então uma explosão e tiros", disse à agência Reuters uma testemunha chamada Vladimir. "Então eu vi o avião atingindo o chão e quebrando em dois. Aí tinha uma espessa fumaça preta".

Segundo o site ucraniano "Gazeta", testemunhas disseram terem visto pelo menos uma dúzia de corpos de asiáticos caindo do avião próximo a um hospital e casas.

Também de acordo com o "Guardian", diversos pesquisadores da OMS (Organização Mundial da Saúde) estavam a bordo do voo MH17. Eles seguiam para a 20ª Conferência Internacional de Aids, que começa neste domingo (20) em Melbourne, na Austrália.

Em nota, a IAS (sociedade internacional de Aids), organizadora do evento, lamentou a perda de "inúmeros colegas e amigos" no voo.


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