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Israelenses iniciam invasão à faixa de Gaza

Após grupo Hamas ter rompido cessar-fogo, Exército entra em território palestino e convoca 18 mil reservistas

Ofensiva já teria resultado na morte de 7 palestinos, sendo um deles um bebê, por disparos de blindados

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Exército de Israel iniciou, nesta quinta (17), uma invasão por terra em Gaza. O objetivo é destruir túneis usados pelo Hamas para entrar no território israelense.

Sete palestinos já foram mortos, alvos de disparos de blindados. Um deles era um bebê de cinco meses, segundo a agência de notícias Efe.

A incursão começou no décimo dia da operação Margem Protetora. Até então, limitava-se a bombardeios.

Ordenada pelo premiê, Binyamin Netanyahu, a nova fase da operação envolve infantaria, tanques, engenharia, ataques aéreos e navais e inteligência, e não tem dia previsto para terminar.

"A Operação Margem Protetora vai continuar até atingir seu objetivo: restaurar a calma e a segurança dos israelenses, danificando a infraestrutura do Hamas", disse o gabinete do premiê.

Segundo o Exército, nesta sexta (17), um túnel que sai do sul de Gaza foi usado por 13 combatentes armados, que entraram em Israel e foram mortos por um ataque aéreo.

O Hamas afirmou que a invasão é "insensata". "A operação por terra em Gaza é um passo drástico e perigoso, e a ocupação pagará caro por isso", disse, em comunicado.

O gabinete de Netanyahu autorizou o Exército a convocar 18 mil reservistas, que se somam aos 56 mil que já estavam mobilizados. Eles substituem soldados da ativa em funções de retaguarda.

A invasão foi ordenada pouco depois de um cessar-fogo humanitário de cinco horas, pedido pela ONU. Israel acusa o Hamas de ter quebrado o acordo, atirando três foguetes no período.

Os dois lados retomaram as hostilidades rapidamente após o fim do cessar-fogo. O Hamas enviou mais de 100 foguetes e Israel seguiu com os bombardeios --pelo menos quatro crianças foram mortas na Cidade de Gaza, segundo autoridades locais.

REAÇÕES

O início da incursão foi seguido por pressões internacionais por um cessar-fogo.

A porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki, pediu que os dois lados se esforcem em poupar a vida de civis.

Segundo Psaki, o secretário de Estado, John Kerry, ligou para Netanyahu na quarta (16), e disse que "Israel pode fazer mais" para evitar atingir civis, e deveria redobrar seus esforços.

No Brasil, a presidente Dilma Rousseff classificou de "lamentável"a escalada de violência na região.

"O Brasil defende que tenha dois Estados, um palestino e um israelense. O Brasil é contra a violência dos dois, tanto de Israel quanto da Palestina", afirmou Dilma.

"Agora, o Brasil também reconhece como sendo desproporcional esse ataque israelense na Faixa de Gaza, com morte de mulheres e crianças", completou.

Desde o começo da operação, mais de 240 palestinos morreram e mais de 1.700 ficaram feridos, a maioria civis.

Também foram destruídas ou danificadas diversas edificações civis, como escolas, hospitais, casas de reabilitação e prédios residenciais.

Israel alega que o Hamas e a Jihad Islâmica usam esses locais para esconder armamentos, e por isso os ataca.

Nesta sexta (17), funcionários da ONU encontraram cerca de 20 foguetes em uma escola da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (UNRWA), uma violação no direito internacional.

Do lado israelense, caíram 1.241 foguetes, e uma pessoa morreu. As sirenes que avisam a população dos ataques têm tocado com frequência em diversas cidades de Israel.


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