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Passageiros iam para conferência de Aids

FERNANDO TADEU MORAES DE SÃO PAULO

As bandeiras da 20ª Conferência Internacional de Aids, que começa no domingo (20) em Melbourne, na Austrália, estão a meio mastro.

Dezenas de passageiros do voo da Malaysia Airlines que caiu nesta quinta-feira (17) quando sobrevoava o espaço aéreo da Ucrânia eram pesquisadores e ativistas que estavam a caminho da conferência, um dos principais eventos ligados à Aids do mundo, com cerca de 12 mil participantes.

A médica brasileira Eliana Gutierrez, que chegou à Austrália na quinta-feira para participar da conferência, disse que há um clima de "consternação total" no país --devido aos 27 australianos que morreram na tragédia-- e entre os participantes do encontro.

Segundo ela, a Prefeitura de Melbourne cancelou as comemorações que estavam programadas para a abertura da conferência.

"É uma perda impossível de calcular, que pode comprometer bastante o futuro do enfrentamento da Aids", disse Gutierrez.

Entre os mortos estava o holandês Joep Lange, um dos mais importantes especialistas em HIV no mundo e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aids entre 2002 e 2004.

Lange pesquisava o tema havia 30 anos e foi um dos precursores na defesa do acesso a medicamentos contra a Aids em países pobres, incluindo antirretrovirais para evitar a transmissão do vírus da mãe para o filho.

Junto com ele viajava sua companheira, Jacqueline van Tongeren.

A Organização Mundial da Saúde confirmou que também estavam no voo, a caminho da conferência, Glenn Thomas, um dos porta-vozes da entidade, e Pim de Kuijer, ativista ligado à causa da Aids e ex-diplomata da Comissão Europeia.

"Estamos nos preparando para receber as informações sobre a morte de outros que trabalhavam com a Aids", disse Michel Sidibe, diretor-executivo da Unaids, a agência da ONU para o combate à doença, em um comunicado. "A morte de tantas pessoas que trabalham contra o HIV será uma grande perda", declarou.


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