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Holandês que viveu no Brasil perde 2 familiares

GRACILIANO ROCHA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PARIS

O consultor Alfredo van Amson, 59, ficou chocado ao ser informado da extensão da tragédia do voo MH17 da Malaysia Airlines.

Ele perdeu uma prima e o marido dela que voavam para Kuala Lumpur, na Malásia, onde fariam uma conexão para Bali (Indonésia). O casal Rene van Geene e Daisy Risah costumava ir para a Ásia duas vezes por ano.

"Eu estava vendo TV e pensei graças a Deus, minha prima não está nesse avião'. Algum tempo depois, minha irmã ligou me dizendo que nossa prima e o marido estavam no voo. É como um pesadelo", contou à Folha, por telefone, de Roterdã (Holanda).

A derrubada do avião é uma tragédia nacional na Holanda. Das 294 vítimas do voo, 189 eram cidadãos holandeses, segundo o último comunicado da empresa. Ainda falta determinar as nacionalidades de três vítimas.

"Jamais imaginei que nossa família fosse atingida por uma tragédia assim", disse Amson. Nascido na antiga Guiana Holandesa (hoje Suriname), ele tem forte ligação com o Brasil, país onde viveu de 1965 a 1997. Casado com brasileira, tem um filho piloto de avião no Brasil, além de um irmão e sobrinhos que vivem em São Paulo.

Segundo ele, os parentes de vítimas do avião da Malaysia Airlines foram informados que o piloto avisou que faria um "movimento brusco" antes da queda no leste da Ucrânia, o que a Holanda nega.

A informação, segundo ele, foi repassada por um representante da Malaysia Airlines em reunião com familiares na noite desta quinta (17) no aeroporto de Schiphol, em Amsterdã. O aviso teria sido dado ao controle aéreo na Ucrânia.

O governo holandês negou veementemente a informação sobre um eventual aviso de manobra do piloto antes da queda. "Isso é apenas especulação", disse à Folha Jean Fransman, do Ministério da Segurança e da Justiça.

"Se foi um míssil, o impacto é brutal; dez segundos depois não tem ninguém mais vivo. Não dá tempo de liberar máscaras de oxigênio ou pedir socorro", declarou à Folha Gérard Arnoux, piloto aposentado da Air France e especialista independente.


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