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Rússia dá apoio a resolução da ONU que exige investigação de tragédia

Para EUA, russos armaram separatistas ucranianos suspeitos de derrubar avião, matando 298

Embaixador da Rússia na ONU diz que Ucrânia não deve comandar as investigações; Obama volta a cobrar Putin

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

A Rússia apoiou nesta segunda (21), ao lado dos EUA, resolução do Conselho de Segurança da ONU que exige uma "investigação completa, minuciosa e independente" sobre a queda do avião da Malaysia Airlines e a responsabilização dos culpados por derrubar a aeronave.

Quatro dias após a tragédia, que deixou 298 mortos, esse foi o primeiro sinal de flexibilidade da Rússia, cujo governo vem sendo ligado indiretamente pelos EUA à queda do avião. Para Washington, Moscou forneceu armamentos e treinamento aos separatistas ucranianos, apontados como principais suspeitos do ataque ao Boeing-777.

O texto, aprovado por unanimidade no Conselho de Segurança, não fala em "separatistas", mas em "grupos armados", e não cita seu envolvimento com Moscou.

A resolução 2166 "condena nos mais duros termos a derrubada do avião" e pede que todos os Estados-membros "cooperem completamente com os esforços de estabelecer os responsáveis".

Exige, ainda, que os grupos armados em controle do lugar da queda não tomem ações que possam comprometer a integridade do local e das provas e "permitam o acesso irrestrito" dos investigadores internacionais.

"É preciso haver investigação internacional totalmente imparcial, independente e aberta. É o objetivo da resolução", disse Vitaly Churkin, embaixador russo na ONU.

Segundo ele, a Rússia está "pronta para oferecer qualquer ajuda necessária" nas investigações. Churkin, contudo, disse que a Icao [Organização de Aviação Civil Internacional, na sigla em inglês] --e não a Ucrânia-- é que deve liderar a investigação e centralizar as provas, como as caixas-pretas.

Apesar de reconhecer o apoio russo à resolução, a embaixadora americana na ONU, Samantha Power, disse que os EUA não são "ingênuos": "Se a Rússia não for parte da solução, continuará sendo parte do problema".

Horas antes, o presidente Barack Obama dissera que o colega russo, Vladimir Putin, tinha a "responsabilidade direta" de exigir que os separatistas parem de interferir nas evidências e deem acesso a investigadores internacionais.

"O presidente Putin disse que apoia uma investigação completa e justa. Agradeço por essas palavras, mas elas precisam ser acompanhadas por ações", declarou Obama.

Nesta segunda, o governo russo desafiou os EUA a mostrarem provas, com imagens de satélite, do envolvimento dos separatistas na queda.

Militares russos, por sua vez, disseram que um caça ucraniano teria seguido o avião de passageiros naquele dia. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, negou.


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