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Caixas-pretas do voo são entregues pelos rebeldes

LEANDRO COLON DO ENVIADO A TOREZ (UCRÂNIA)

Os rebeldes separatistas da Ucrânia entregaram nesta segunda-feira (21) a autoridades da Malásia as caixas-pretas do voo MH17, quatro dias após a queda do avião no leste do país, que matou 298 pessoas.

Também nesta segunda, o trem que armazenava a maioria dos corpos das vítimas deixou a estação da cidade de Torez, controlada pelos separatistas.

O destino dos vagões foi Kharkov, a maior cidade do leste em poder do governo da Ucrânia, que agora terá a ajuda de especialistas internacionais na identificação dos corpos.

Enquanto se definia o destino dos corpos, a cidade de Donetsk, sob domínio dos insurgentes, viveu um dia de tensão, com confrontos na área da estação de trem. Pelo menos três pessoas teriam morrido.

O presidente da Ucrânia anunciou trégua num raio de 40 km da área da queda do avião, mas a medida não atingia Donetsk.

Ao todo, 282 dos 298 mortos foram localizados, além de fragmentos de 16 deles. Não há informação precisa sobre quantos foram transportados nos vagões, mas a estimativa é que teria sido praticamente a totalidade.

O transporte dos corpos envolveu longa negociação entre observadores da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) e os separatistas.

Os rebeldes, que controlam a região, são acusados pelo governo da Ucrânia de ter derrubado o avião da Malaysia Airlines, que ia de Amsterdã (Holanda) a Kuala Lumpur (Malásia).

Nesta segunda-feira, a Folha acompanhou a visita dos observadores, que contou com a presença de especialistas holandeses.

Cercados por rebeldes, eles tiveram acesso rápido aos vagões, apenas como forma de monitoramento.

O cheiro dos cadáveres, que ficaram dois dias a céu aberto na área onde o avião caiu, era perceptível do lado de fora da estação.

Os rebeldes, todos armados, se irritaram com a presença da imprensa, tentando impedir o acesso à área.

Os corpos foram levados para os vagões no fim de semana, sem nenhuma espécie de fiscalização.


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