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Rebeldes dizem ter abatido caças da Ucrânia

Ação ocorre menos de uma semana após a derrubada de voo comercial da Malaysia Ailrines, que deixou 298 mortos

Insurgentes pró-Rússia tinham acesso a míssil que pode ter derrubado voo, diz líder; Holanda recebe corpos de vítimas

LEANDRO COLON DO ENVIADO A DONETSK

Menos de uma semana depois da queda do avião da Malaysia Airlines, o governo ucraniano afirmou que dois caças de suas forças foram abatidos no leste do país. Os ataques ocorreram nesta quarta (23), segundo Kiev, a 35 km da área onde o Boeing-777 caiu no dia 17, com 298 pessoas a bordo.

A região é controlada pelos rebeldes pró-Rússia, que confirmaram a ação para derrubar os caças. Os dois pilotos conseguiram se salvar.

Na madrugada de terça para quarta, o som dos bombardeios chegava ao hotel onde a reportagem da Folha se hospeda, no centro de Donetsk --algo raro, uma vez que os embates têm ocorrido em áreas mais afastadas.

A Ucrânia diz ter evidências de que os ataques que abateram os caças partiram de território russo. A Rússia é acusada por Kiev de apoiar a ação separatista, o que nega.

A derrubada dos caças agrava ainda mais o conflito entre os dois lados. Na semana passada, os separatistas foram acusados de abater não só o voo comercial MH17 como jatos militares inimigos.

Eles negam ligação com a tragédia, mas ontem um líder insurgente admitiu à agência Reuters que os separatistas têm acesso ao sistema de mísseis russo Buk, possível meio usado para atingir o Boeing.

Alexander Khodakovsky, do batalhão rebelde Vostok, disse que só soube disso após a queda do avião. Afirmou acreditar que o equipamento foi levado de volta à Rússia para que não ficassem provas na Ucrânia. O líder não fala por todos os rebeldes, mas tem papel significativo entre eles. Não está claro ainda o porquê de suas declarações.

CORPOS DO VOO MH17

A Holanda parou para receber os dois aviões que chegaram de Kharkov (Ucrânia) com os primeiros 40 caixões de passageiros mortos na tragédia. O voo fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur, e a maioria dos passageiros (193) era holandesa.

Os corpos foram recebidos em cerimônia fúnebre no aeroporto de Eindhoven.

Parentes e amigos das vítimas, a família real holandesa e o primeiro-ministro do país, Mark Rutte, estavam na pista.

Ao todo, cerca de 200 corpos saíram da cidade de Torez, região onde caiu o avião, para Kharkov. Ou seja, faltam quase 100 --diferença sem explicação oficial até agora.

A análise dos corpos tem duas fases. A primeira, em Kharkov, inclui peritos de Holanda, Alemanha e Malásia e representantes da Interpol.

Os corpos são fotografados, passam por raio-X e são colocados em caixões lacrados e numerados para envio à Holanda, onde é feito o processo de identificação.


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