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Israel rejeita plano de cessar-fogo dos EUA

Premiê israelense, porém, aceita trégua humanitária de 12 horas no conflito com o Hamas em Gaza, que já dura 18 dias

É preciso tempo para garantir cessar-fogo maior, diz John Kerry; palestinos protestam ao redor da Cisjordânia

DIOGO BERCITO ENVIADO ESPECIAL A GAZA

O gabinete de segurança de Israel rejeitou por unanimidade, nesta sexta (25), a proposta do secretário de Estado americano, John Kerry, para um cessar-fogo com a facção palestina Hamas.

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, aceitou, porém, uma trégua humanitária de 12 horas na faixa de Gaza, conforme anunciado por Kerry em entrevista.

Em sua aguardada coletiva de imprensa no Egito, o secretário de Estado disse estar mantida a chance de uma trégua mais duradoura, pendente da resolução de "terminologia". Kerry afirmou ser necessário mais tempo para garantir um cessar-fogo de sete dias, durante o período de celebração do fim do Ramadã.

De acordo com fontes no governo ouvidas pela mídia local, Israel insistirá em uma nova versão do acordo, em que possa dar continuidade à destruição dos túneis entre Gaza e o território israelense.

A rejeição do cessar-fogo mais longo mina os esforços de Kerry, que vem insistindo no fim das hostilidades entre Israel e Hamas.

Após 18 dias de ação militar israelense em Gaza, há mais de 822 mortos entre palestinos, centenas deles civis. Israel teve 35 soldados e três civis mortos.

Em Gaza, o anúncio da negativa ao cessar-fogo foi seguido, ainda que talvez coincidentemente, por pesada artilharia naval. O Hamas disparou também uma salva de foguetes contra Israel.

A reportagem da Folha havia testemunhado ainda, durante o dia, diversos caças israelenses lançando projéteis no céu, deixando um rastro de fogo e fumaça. Mais cedo, uma construção próxima fora explodida, sem feridos.

O esforço diplomático por um cessar-fogo é articulado por atores internacionais, como o chanceler turco, Ahmet Davutoglu, que viajou a Doha para reunir-se com seu colega do Qatar, Khalid Al-Attiyah, pressionando a liderança do Hamas.

Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, participa da articulação.

O Hamas exige o fim do bloqueio israelense imposto a Gaza, em que a entrada e a saída de bens e pessoas são controladas.

DIA DE FÚRIA

A crise humanitária em Gaza mobilizou civis ao redor da Cisjordânia, a outra parte dos territórios palestinos, para um "dia de fúria", nesta sexta-feira (25). Ao menos cinco palestinos foram mortos em disparos envolvendo as forças de segurança israelenses.

Houve também confrontos em local próximo a um controle militar de Israel, ao lado de Ramallah. A mídia local se pergunta se os próximos dias trarão uma terceira versão da intifada, onda violenta de protestos palestinos. As manifestações desta sexta foram vistas como algumas das maiores desde 2005.


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