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Israelense é 'sub do sub do sub do sub do sub do sub', afirma assessor de Dilma

FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA LEONARDO BLECHER DE SÃO PAULO

O assessor da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, minimizou as declarações do porta-voz de Israel que qualificou o Brasil como "um anão diplomático" e lembrou o desempenho da seleção na Copa do Mundo.

Em entrevista ao "Jornal Nacional", Yigal Palmor, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores israelense, afirmou que "desproporcional" é perder de 7 a 1, em referência ao jogo entre Brasil e Alemanha, na Copa.

A mesma palavra havia sido utilizada em nota do Itamaraty sobre o uso da força por Israel contra palestinos.

Questionado nesta sexta-feira (25) sobre as declarações do porta-voz, Marco Aurélio Garcia afirmou a jornalistas que não iria comentar. "Ele é um sub do sub do sub do sub do sub do sub", disse. Perguntado se as declarações foram deselegantes, respondeu: "Não sou especialista em elegância".

A declaração lembra frase do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 2002, quando chamou Robert Zoellick, então representante de comércio dos EUA, de "sub do sub do sub". Era em resposta a uma acusação de que o petista era protecionista.

Palmor disse à Folha que não esperava uma repercussão tão barulhenta a suas declarações e que queria mostrar ao Brasil como os israelenses se decepcionaram.

"Israelenses sentem amor e admiração pelo Brasil, e agora estão se sentindo machucados e traídos", disse. "Nós esperamos mais do Brasil. Sempre", completou.

O porta-voz israelense descartou a possibilidade de esta crise diplomática afetar as relações econômicas entre os dois países.

Disse ainda que o Brasil tem condições para assumir um papel importante na mediação entre israelenses e palestinos.

"Eu acredito que o Brasil pode ter um papel chave para promover uma reaproximação e se tornar o gigante diplomático que merece ser na nossa região", afirmou.

Palmor já fez outras declarações polêmicas antes.

Em novembro do ano passado, quando se investigava a causa da morte do líder palestino Yasser Arafat, o porta-voz da diplomacia israelense chamou o processo de "telenovela", e disse que a investigação não era séria.

O Ministério das Relações Exteriores, do qual Palmor é porta-voz, é chefiado por Avigdor Lieberman, político do partido Yisrael Beiteinu, ícone da direita israelense e rival do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.

Como Israel tem um governo de coalizão, Lieberman tem um cargo ministerial, mesmo não sendo alinhado à política de Netanyahu.

Atualmente, o ministro encabeça uma campanha para que judeus israelenses boicotem estabelecimentos comerciais de árabes.

O impasse entre Brasil e Israel teve início após o Itamaraty divulgar nota apontando como "inaceitável a escalada de violência entre Israel e Palestina".


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