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Governo iraniano confirma prisão de jornalista americano

Correspondente do 'Washington Post' era vigiado pelo regime

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS DE SÃO PAULO

O Irã confirmou nesta sexta (25) a prisão do correspondente em Teerã do jornal "The Washington Post", Jason Rezaian, e de sua mulher, a iraniana Yeganeh Salehi, correspondente do "The National", dos Emirados Árabes Unidos. Eles foram detidos em casa, na terça (22).

"O jornalista do Washington Post' foi detido para algumas perguntas depois de investigações técnicas", declarou Gholam-Hossein Esmaili, do departamento de Justiça de Teerã, à agência oficial Irna, sem especificar a causa da prisão. "As forças de segurança iranianas vigiam todo o tipo de atividades dos inimigos", acrescentou.

Fontes próximas a Rezaian, correspondente do jornal no Irã desde 2012, afirmam que seu computador era hackeado pelo regime.

Além dele e de Yeganeh, foram levados um engenheiro amigo do casal que estava com eles no momento da prisão, além de outros dois conhecidos: a fotógrafa e ex-colaboradora da Folha Maryam Rahmanian e seu marido --funcionário de uma multinacional dos EUA.

Rezaian, Maryam e seu marido possuem dupla cidadania, iraniana e americana.

A prisão de jornalistas é vista em Teerã como uma jogada do Judiciário, reduto conservador, para demonstrar insatisfação com as políticas de Hasan Rowhani, presidente centrista e relativamente liberal, que tomou posse em 2013 e promoveu um processo de reaproximação com os EUA.

Analistas veem um paralelo com o governo reformista de Mohammad Khatami (1997-2005). Nesse período, o Judiciário reagiu com ataques contra a imprensa e assassinatos políticos.

Desde 1979, EUA e Irã não têm relações diplomáticas formais, dificultando a libertação de cidadãos americanos detidos no país.


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