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Extremistas islâmicos explodem tumba de profeta no norte do Iraque

Mesquita homenageava o profeta Jonas, presente na tradição islâmica, além da judaico-cristã

Movimento tomou o controle de cidades do Iraque no mês passado, ajudado por desgoverno e também ódio sectário

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O grupo radical Estado Islâmico (EI), que domina partes do Iraque e da Síria, destruiu nesta quinta-feira (24) uma mesquita histórica na cidade de Mossul, no norte do Iraque, segundo residentes.

O local é considerado sagrado por, de acordo com a tradição, abrigar a tumba do profeta Jonas, que viveu no século 8 a.C. Presente nas crenças islâmica e judaico-cristã, Jonas é famoso também porque teria sido engolido por uma baleia e saído dela por intervenção divina.

O motivo da destruição, de acordo com informações da agência de notícias Efe, é a própria construção da mesquita, séculos depois, sobre a tumba do profeta. Para os extremistas, o simbolismo é repreensível porque subverte o monoteísmo do islã.

Os relatos dos moradores da região dão conta de que os extremistas pediram que fiéis deixassem a mesquita, instalaram dispositivos e a explodiram. Uma filmagem da detonação foi colocada na internet --no entanto, não foi possível verificar a autenticidade do vídeo.

Também nesta quinta, os extremistas destruíram, ainda de acordo com os moradores da região, outro local de culto, a mesquita imã Aoun Bin al-Hassan.

No mês passado, o EI --que é sunita-- já tinha destruído sete lugares de culto xiita em Tal Afar, cerca de 50 km a oeste de Mossul, segundo a ONG Human Rights Watch.

Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, foi tomada pelo EI no mês passado, em meio a um rápido avanço do movimento sobre aquele território. O EI decretou ali a fundação de um califado (um Estado islâmico) e pretende, no futuro, dominar a região que, atualmente, corresponde aos territórios de Iraque e Síria.

Os militantes já afirmaram que os cristãos que vivem em áreas sob seu comando deverão se converter, pagar uma taxa religiosa ou enfrentar a pena de morte.

Já afirmaram também, conforme confirmou a ONU nesta quinta, que mandarão mutilar os órgãos genitais de todas as meninas e mulheres, de modo a impedi-las de ter prazer no ato sexual.

O principal líder religioso do Iraque, o aiatolá Ali al-Sistani, pediu nesta sexta (25) aos políticos do país que deixem de se apegar a cargos, em uma aparente referência ao premiê Nuri al-Maliki, xiita, que rejeita a pressão para deixar a chefia do governo.

Os críticos dizem que Maliki alienou os sunitas, alimentando o ódio sectário.


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