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Queda de voo no Mali matou 118, diz França
Presidente francês confirmou que caixa-preta do avião da Air Algérie foi recuperada
O presidente da França, François Hollande, afirmou nesta sexta-feira (25) que "lamentavelmente não há nenhum sobrevivente" do avião da Air Algérie que caiu na quinta (24) no Mali com 118 pessoas a bordo.
"Uma caixa-preta foi recuperada e encaminhada a Gao [cidade onde a França tem uma base]", disse ainda o presidente em uma breve declaração à TV.
Para autoridades francesas, o mau tempo é a provável causa da tragédia. "Os soldados franceses que já estão ali protegeram o local e realizaram as primeiras investigações", acrescentou Hollande, referindo-se ao local onde os destroços do avião foram encontrados, próximos à cidade de Gossi, no sul do Mali, perto da fronteira com a Burkina Fasso.
A presidência francesa corrigiu o número de 116 a bordo para 118 --112 passageiros e seis tripulantes.
O controle teria perdido contato com o avião à 1h55 (22h55 de quarta em Brasília), cerca de 50 minutos após a decolagem de Uagadugu, capital de Burkina Fasso, rumo a Argel, capital da Argélia.
Autoridades burquinenses afirmaram que entregaram o voo à torre de controle de Niamey, no Níger, à 1h38.
O avião operado pela Air Algérie --um modelo MD-83 pertencente à companhia aérea espanhola Swiftair-- levava 51 franceses, 24 burquinenses, oito libaneses, seis argelinos, cinco canadenses, quatro alemães, dois luxemburgueses, um belga, um camaronês, um egípcio, um malinês, um nigeriano, um romano, um suíço e um ucraniano, além dos seis tripulantes espanhóis.
A nacionalidade dos passageiros restantes ainda não foi confirmada, segundo o jornal francês "Le Monde".
O episódio é o último de uma série de desastres aéreos. Em março, um avião da Malaysia Airlines desapareceu com 239 pessoas a bordo quando ia de Kuala Lumpur para Pequim. Na semana passada, outro avião da Malaysia foi derrubado por um míssil, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia. Na quarta (23), um voo da Transasia Airways caiu em Taiwan durante um temporal, matando 48.
CONFLITO
Há dois anos, o Mali enfrenta separatistas e extremistas islâmicos ligados à Al Qaeda. A presidência afirmou nesta quinta (24) que o governo e seis grupos armados chegaram a um acordo.
Em janeiro de 2013, a França interveio contra os extremistas. Um soldado francês foi morto neste mês, perto da cidade de Gao, onde as tropas francesas permanecem.