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Francisco é o primeiro papa a visitar igreja evangélica pentecostal

Pontífice pede desculpas por perseguição a fiéis ocorrida durante o fascismo na Itália

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O papa Francisco tornou-se, nesta segunda-feira (28), o primeiro líder da Igreja Católica a fazer visita a uma igreja evangélica pentecostal --ramo do protestantismo considerado grande "competidor" dos católicos na disputa por novos fiéis no mundo.

Francisco viajou de helicóptero à cidade de Caserta, no sul da Itália, e foi à Igreja Evangélica da Reconciliação, cujo prédio ainda está em obras. O papa também se reuniu privadamente com o pastor evangélico Giovanni Traettino, amigo de longa data.

No sábado (26), o papa já tinha estado em Caserta para celebrar uma missa em honra à padroeira santa Ana, evento que reuniu aproximadamente 200 mil católicos.

Falando nesta segunda a cerca de 350 fiéis na igreja evangélica, o pontífice pediu desculpas pela perseguição católica aos pentecostais durante o regime fascista na Itália (1922-1943), quando a prática de sua fé era proibida.

"Entre os que perseguiam e denunciavam pentecostais, quase como se fossem pessoas loucas tentando destruir a raça [humana], havia também católicos", discursou.

"Eu sou o pastor dos católicos e peço o seu perdão por aqueles irmãos e irmãs católicos que não compreenderam e foram tentados pelo Diabo", acrescentou o papa.

Francisco também citou o ineditismo da visita. "Alguém vai se surpreender: O papa foi visitar os evangélicos?'. Mas ele foi ver seus irmãos."

O papa defendeu ainda a "unidade na diversidade" dentro do cristianismo. "O Espírito Santo cria diversidade na igreja. A diversidade é bela, mas o próprio Espírito Santo também cria unidade, para que a igreja esteja unida na diversidade: (...) uma diversidade reconciliadora."

O protestantismo pentecostal é uma corrente surgida nos EUA, no início do século 20, com ênfase na experiência direta de Deus por meio dos dons do Espírito Santo, como os de curar e de falar línguas desconhecidas.

Antecessores de Francisco no papado, como João Paulo 2º, já haviam pedido perdão pela perseguição a protestantes históricos depois da Reforma, a partir do século 16.


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