Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

África tenta evitar que ebola se espalhe

Nigéria põe hospital em quarentena, e Libéria fecha fronteiras para isolar o maior surto da doença na história

Mais de 670 pessoas já morreram e 1.200 casos foram registrados na epidemia, que atinge 4 países africanos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Países africanos começaram a tomar medidas para tentar evitar que a epidemia do ebola se espalhe.

Nesta segunda (28), a Nigéria fechou e colocou em quarentena um hospital em Lagos, onde um homem morreu. Foi o primeiro caso da doença registrado no país.

A vítima do vírus foi Patrick Sawyer, um assessor do ministro das Finanças da Libéria. Ele contraiu a doença em seu país, sentiu os sintomas na Nigéria e ficou em isolamento por cinco dias.

Estão em observação 59 pessoas que tiveram contato com Sawyer na Nigéria.

"O hospital foi esvaziado e a fonte primária da infecção, eliminada", disse Jide Idris, comissário de saúde do Estado de Lagos.

O estabelecimento ficará fechado por uma semana, e a equipe será monitorada.

Na Libéria, o governo fechou quase todos os postos de fronteira, restringiu reuniões públicas de pessoas e pôs em quarentena comunidades afetadas pelo vírus.

O fato de Sawyer ter viajado ao exterior mesmo estando infectado levantou a preocupação de que o ebola se espalhe para outros países.

A Nigéria é o quarto país africano a registrar o aparecimento da doença no atual surto, que já matou 672 pessoas e é o maior da história, com 1.201 casos notificados. Outras infecções já haviam sido registradas em Guiné, Serra Leoa e Libéria.

O último surto, em 2012, atingiu 77 pessoas no Congo.

PROFISSIONAIS

Dois trabalhadores voluntários americanos que atuam na Libéria foram infectados pelo vírus: o médico Kent Brantly e a missionária cristã Nancy Writebol.

Outra vítima foi um dos principais médicos da Libéria, Samuel Brisbane, que morreu no sábado (26). Ele tratava pacientes infectados no maior hospital da capital liberiana, Monróvia.

Profissionais da saúde correm grandes riscos de contrair a doença, pois a transmissão acontece pelo contato com fluidos corporais de pessoas infectadas.

O contato com o cadáver de pessoas que morreram de ebola também pode causar a infecção. Por isso, os corpos devem ser enterrados por profissionais protegidos por equipamentos de segurança.

Na Guiné, outro risco que correm os profissionais da saúde são as agressões e ameaças. Parte da população atribui a voluntários ocidentais a responsabilidade pela transmissão da doença.

Segundo reportagem do "New York Times", voluntários de ONGs como a Médicos Sem Fronteiras têm tido dificuldade para ter acesso a pacientes em povoados no país.

A febre hemorrágica ebola não tem vacina ou cura, e a taxa de mortalidade de pessoas infectadas pode chegar a 90% (no atual surto, está em 60%).


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página