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ONU diz que ataque a escola é criminoso

Ação de Israel neste domingo mata dez palestinos e gera reprimenda mais forte da comunidade internacional

Míssil é disparado no momento em que tropas deixam Gaza, o que gera a expectativa de que operação estaria no fim

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A ONU condenou neste domingo (3) mais um ataque contra uma escola de sua agência para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) em Gaza, que causou a morte de ao menos dez civis, inclusive crianças.

Foi o terceiro contra uma escola da organização no território palestino em 11 dias.

"É um ultraje moral e um ato criminoso", afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na mais dura crítica a Israel desde o início da ofensiva contra o grupo radical palestino Hamas.

O diplomata ressaltou que os refúgios da ONU devem ser zonas seguras e lembrou que "as Forças Armadas de Israel foram informadas repetidamente sobre a localização dessas instalações".

"A volta dos combates só exacerbou a crise humanitária e de saúde que está causando estragos em Gaza", lamentou Ban, que exigiu mais uma vez a retomada do cessar-fogo e o início da negociações entre as partes. "Esta loucura deve parar."

Segundo o porta-voz da UNRWA, Chris Gunness, o bombardeio foi de manhã, quando crianças brincavam e compravam doces na rua.

Um míssil, provavelmente disparado por um drone, atingiu as imediações da escola em Rafah, onde se refugiavam 3.000 pessoas que abandonaram suas casas.

Os EUA se disseram revoltados com o ataque. A porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, chamou o ato de "bombardeio vergonhoso" e pediu investigação sobre os ataques a estruturas da ONU.

"Nós enfatizamos mais uma vez que Israel precisa fazer mais para alcançar seus próprios padrões [no conflito] e evitar mortes de civis".

As Forças Armadas de Israel declararam que tinham como alvo três membros do grupo Jihad Islâmica, que se deslocavam de moto nas proximidades da escola.

Durante a atual ofensiva militar, complexos da ONU já foram atingidos pelo menos outras cinco vezes.

O ataque aéreo deste domingo aconteceu dois dias depois da ruptura da última trégua estipulada por israelenses e palestinos.

No sábado (2), Israel começou a retirar boa parte de seus militares de Gaza e levá-los para regiões de fronteira. Para a imprensa israelense, a manobra pode significar que a operação está perto do fim.

Na madrugada de segunda (noite de domingo no Brasil), Israel anunciou uma trégua humanitária de sete horas nos combates em Gaza.

Mais de 1.800 palestinos e 66 israelenses já morreram nos confrontos.


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