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Europeus já pressionam Israel contra ação militar

Reino Unido e Espanha põem envio de armas em xeque; França critica

Dos três, Espanha foi o mais assertivo, com a determinação de uma suspensão à venda de armamentos ao país

LEANDRO COLON DE LONDRES

A ofensiva de Israel na faixa de Gaza começou a perder o apoio de países estratégicos do bloco europeu.

Sob pressão internacional, o governos britânicos e espanhol anunciaram nesta segunda-feira (4) medidas que podem restringir o envio de armas aos israelenses. Já a França condenou os ataques aos palestinos, classificando-os de "massacre".

O Reino Unido informou que decidiu rever os contratos de armas e produtos militares negociados com Israel. Segundo dados do Parlamento, os negócios chegam a pelo menos 8 bilhões de libras (R$ 32 bilhões) em contratos de exportação que envolvem softwares criptografados, equipamentos de comunicação e também armas.

De acordo com Downing Street, a situação na região foi "alterada" após os contratos assinados, e é preciso verificar se Israel está utilizando material britânico em ações ilegais.

A medida é uma reação do governo conservador à pressão da oposição trabalhista contra o apoio que deu a Israel para iniciar a ofensiva em Gaza. Cameron tem responsabilizado o Hamas pelo começo do conflito que já teria matado 1.800 palestinos e 67 israelenses (64 militares).

O Reino Unido sempre atuou ao lado de Israel, assim como os EUA, que ajudam o país com US$ 3 bilhões (R$ 6,7 bilhões) ao ano na área de segurança militar. Ao mesmo tempo em que vai analisar os contratos, o governo britânico descarta suspender de imediato qualquer das licenças concedidas ao governo israelense.

Por sua vez, o governo espanhol informou a suspensão temporária das vendas de armas ao país. São materiais para serem usados em pistolas, granadas e tanques.

A decisão representa pouco proporcionalmente ao tamanho do setor --em 2013, foram negociados € 3 milhões (R$ 9 milhões) com os israelenses, 1% das exportações bélicas da Espanha.

Mas, politicamente, é simbólica e mostra a insatisfação do país com os ataques.

MATANÇA

Em homenagens ao centenário do início da Primeira Guerra Mundial, o presidente francês, François Hollande, disse que é preciso "agir" para encontrar uma solução ao que ele chamou de "massacre" em Gaza.

Mais cedo, em um comunicado, o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, afirmou que Israel tem direito de se defender, mas que é "injustificável que crianças sejam assassinadas, e civis, massacrados". "Quantas mortes mais serão necessárias para parar a matança em Gaza?", questionou.


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