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Programa dos EUA em Cuba é alvo de críticas

Sob outros pretextos, jovens latino-americanos foram à ilha para identificar opositores

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Defensores da saúde pública e legisladores dos EUA criticaram severamente nesta terça (5) o governo de Barack Obama pelo uso político de um programa de prevenção à Aids em Cuba.

Para senadores e agências de ajuda humanitária, esse uso político pode pôr em risco programas de saúde ao redor do mundo.

Na segunda-feira (4), a agência de notícias Associated Press revelou que a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) contratou latino-americanos para ir a Cuba com o objetivo de identificar possíveis líderes oposicionistas.

De 2009 a 2012, a Usaid enviou jovens da Venezuela, da Costa Rica e do Peru a universidades cubanas para recrutar líderes antigoverno.

SEMINÁRIO ANTI-AIDS

Os jovens chegaram a organizar, em novembro de 2010, um seminário de prevenção à Aids que reuniu 60 pessoas.

O senador democrata Patrick Leahy, chefe de um colegiado que fiscaliza os gastos da Usaid, disse nesta terça que seria mais que irresponsabilidade se a agência inventou um workshop de prevenção à Aids para promover uma agenda política.

A InterAction, aliança de grupos de ajuda humanitária global não governamentais, informou que o uso de uma oficina de combate à Aids para fins de inteligência é inaceitável.

Segundo a aliança, o governo dos EUA nunca deve sacrificar a prestação de serviços básicos de saúde ou programas cívicos para alcançar uma meta de inteligência.

FALSOS PRETEXTOS

Os jovens latino-americanos, cerca de uma dezena, que recebiam US$ 5,41 por hora, atuavam na ilha sob outros pretextos, como ações culturais, ambientais e de saúde.

O programa da Usaid foi lançado na época em que o recém-empossado presidente Barack Obama falava sobre um novo começo das relações com Cuba, após décadas de desconfiança mútua.

Os EUA reconheceram a existência do programa camuflado em Cuba.

"Há programas no mundo orientados a desenvolver uma sociedade civil mais vibrante e capaz, em sintonia com os programas mundiais de promoção da democracia. Obviamente, esse programa estava alinhado a isso", disse a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki.

Sobre a organização do seminário de prevenção à Aids, Psaki disse que seus objetivos eram "promover a organização da sociedade civil e permitir que as pessoas tivessem acesso a informação que não teriam de outro modo".

Segundo a Associated Press, os jovens não tinham o treinamento adequado para realizar essa operação.


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