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Ataque a base afegã mata general dos EUA
Militar afegão abre fogo contra oficiais estrangeiros da Otan, ferindo outros 15; coalizão investigará circunstâncias
Americano é o de mais alta patente a morrer em ação no exterior desde a Guerra do Vietnã, afirma 'NYT'
Um general americano morreu e outros 15 militares da Otan ficaram feridos nesta terça-feira (5) em Cabul, no Afeganistão, depois que um homem vestido com uniforme militar afegão disparou contra a tropa.
A morte do oficial americano foi confirmada pelo Pentágono --o departamento não o identificou, mas vários militares afirmaram se tratar de Harold J. Greene.
Ele havia sido enviado ao Afeganistão em janeiro, para ajudar os militares afegãos a adotar um sistema de gerenciamento de tropas.
Segundo o jornal "The New York Times", Greene é o militar americano de patente mais alta morto em conflitos externos desde a Guerra do Vietnã, encerrada em 1975.
Segundo o Ministério da Defesa afegão, o atirador estava nas Forças Armadas do país havia três anos e era um dos homens que faziam a segurança da Academia de Oficiais do Exército do Afeganistão. Ele foi morto a tiros logo após o ataque.
Além de Greene, outros sete americanos, quatro britânicos e um brigadeiro alemão estão entre os feridos. O Exército da Alemanha informou que o militar do país não corre risco de morte.
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, chamou a ação de covarde. "É um ato dos inimigos que não querem ver que o Afeganistão possui instituições sólidas", disse.
A Otan abriu investigação sobre o ataque, que provocou tensão nas tropas. A agência de notícias Associated Press afirma que teve um dos carros atingidos por tiros disparados por um soldado afegão. Ninguém ficou ferido.
O incidente ocorrido na academia militar é mais um ataque de soldados afegãos que disparam contra os colegas de tropa e contra membros das forças da Otan. Desde 2012, 69 militares da coalizão ocidental foram mortos em 48 ataques do tipo.
A maioria dessas ações é reivindicada pelo grupo radical Taleban. Outras são atribuídas ao rancor dos afegãos em relação à ocupação da aliança ocidental.
As ações ocorrem em meio ao aumento da preocupação com a segurança afegã às vésperas da retirada das tropas da Otan. O governo americano afirma que seus soldados devem começar a deixar o país em dezembro.
