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Rússia dá mais três anos de asilo a Snowden
Ex-agente de inteligência dos EUA revelou programas de espionagem realizadas pela Agência de Segurança Nacional
Americano chegou a Moscou em junho de 2013, pouco depois de ter feito vazamento de informações sigilosas
O ex-analista de inteligência americano Edward Snowden foi autorizado a permanecer por mais três anos na Rússia, onde vivia havia um ano como asilado, informou o advogado Anatoli Kucherena nesta quinta-feira (7).
Snowden, que trabalhou para a NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) e revelou a existência de um amplo sistema de espionagem eletrônica em todo o mundo por parte do governo americano, "obteve o direito de residir durante três anos em território russo", afirmou o advogado em uma entrevista coletiva em Moscou.
Snowden tinha solicitado no mês passado a renovação de seu asilo político temporário na Rússia, país onde chegou em 23 de junho de 2013, após deixar os EUA, sob o temor de que o vazamento de dados sigilosos o faria ser procurado pelas autoridades americanas.
De acordo com Kucherena, Snowden pode obter a cidadania russa após viver no país durante cinco anos.
Os arquivos revelados por Snowden mostram ações de espionagem da NSA contra cidadãos americanos e até líderes aliados, como a presidente Dilma Rousseff e a chanceler alemã, Angela Merkel, o que esfriou as relações dos dois países com os Estados Unidos.
No ano passado, Snowden revelou, em carta, a intenção de colaborar com o Brasil em troca de asilo no país. Sob o argumento de não ter sido diretamente consultado por Snowden, o governo não avaliou a proposta.
