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Epidemia leva Libéria a decretar emergência

Ebola já matou 282 no país, onde sistema de saúde entrou em colapso

Benin anuncia tratar nigeriano suspeito de ter contraído a doença, enquanto Nigéria confirma 2ª morte

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Libéria decretou nesta quinta (7) estado de emergência de 90 dias, diante de uma epidemia do vírus ebola que "exige medidas extraordinárias para a sobrevivência do Estado", disse a presidente Ellen Johnson Sirleaf.

A medida foi anunciada no mesmo dia em que soldados do Exército foram destacados para a cidade de Klay (a 40 km da capital, Monróvia), onde foi montado um posto de controle para impedir pessoas vindas de três municípios infectados pelo ebola de chegarem à capital.

Segundo o último balanço da OMS (Organização Mundial da Saúde), até o dia 4 de agosto o surto do vírus matou 282 pessoas na Libéria e 932 na África ocidental.

"Pessoas estão morrendo de doenças comuns porque o sistema de saúde entrou em colapso", afirmou nesta quinta o ministro liberiano das Relações Exteriores, Augustine Ngafuan, sobre o fechamento de clínicas pelo medo dos médicos de entrar em contato com pacientes do ebola.

Também nesta quinta, a ministra da Saúde do Benin, país vizinho da Nigéria, anunciou que um nigeriano suspeito de ter contraído o vírus está sendo tratado em um hospital beninense.

Na quarta (6), a Nigéria confirmou a segunda morte por ebola no país, a de uma enfermeira que tratou a primeira vítima, o libério-americano Patrick Sawyer, além de cinco novos casos.

O primeiro infectado deste surto do ebola a ser transferido para a Europa desembarcou nesta quinta em Madri. Trata-se do padre espanhol Miguel Pajares, 75, contaminado na Libéria.

Na semana passada, dois americanos também infectados na Libéria foram transferidos para um hospital em Atlanta, nos EUA, e submetidos a um tratamento experimental com um soro.

TRATAMENTO

A medicação, nunca antes testada em seres humanos, tem causado polêmica por não ser disponibilizada às vítimas africanas da doença.

O ministro da Saúde nigeriano afirma que pediu ao CDC (Centro para Controle e Prevenção de Doenças americano) acesso ao soro. "Praticamente não há doses disponíveis", disse um porta-voz do centro.

Segundo Anthony Fauci, médico do Departamento de Saúde norte-americano, a empresa que produz o soro teria dito ao governo que levaria de dois a três meses para produzir "uma modesta quantidade".

Fauci afirmou à agência Reuters que a Casa Branca está montando um grupo de trabalho para estudar o uso das drogas experimentais pelos infectados na África. Mas não soube dizer quando o grupo irá iniciar os trabalhos.


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