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Curdos retomam duas cidades no Iraque

Recuo dos extremistas islâmicos ocorre após bombardeios dos EUA para proteger capital da região norte do país

Governo curdo também atribui aos americanos a abertura que permitiu a retirada de yazidis de montanha, em Sinjar

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após receber ajuda dos Estados Unidos, as forças curdas tiveram vitórias no contra-ataque ao grupo radical Estado Islâmico (EI) em duas importantes cidades, neste domingo (10).

Os ataques aéreos, que segundo o governo americano visavam proteger as forças curdas nas proximidades de Irbil, a capital da região autônoma curda, no norte do Iraque, destruíram veículos e posições dos combatentes sunitas, segundo membros do governo curdo.

Eles também afirmaram que a cidade de Gwer já havia sido retomada na manhã deste domingo (10) e que era iminente o resgate da cidade de Makhmur. As duas estão localizadas nas regiões onde as aeronaves americanas haviam atacado o EI, desde quinta-feira (7).

Também neste domingo, o ministro dos Direitos Humanos do Iraque, Mohammed Shia al-Sudani, disse que pelo menos 500 vítimas da minoria iraquiana yazidi foram assassinadas pelo EI desde que eles chegaram à região da montanha de Sinjar.

Segundo ele, a maioria, incluindo crianças, foi morta --e até enterrada viva--, e aproximadamente 300 mulheres foram sequestradas para servirem de escravas. "Temos evidências obtidas com yazidis que escaparam da morte. Há também imagens da cena do crime."

Dezenas de milhares de outros yazidis fugiram para a montanha de Sinjar, onde permanecem encurralados (leia mais ao lado).

O EI considera que os yazidi, seguidores de uma religião antiga, são "adoradores do diabo" e os ameaça de morte, caso se recusem a se converterem ao islã.

Uma parcela dos civis aprisionada pelos jihadistas na montanha conseguiu fugir pela Síria, após os bombardeios americanos.

Embora não confirme os números, o Acnur (braço da ONU para refugiados) estima que entre 15 mil e 20 mil yazidis tenham escapado, após os bombardeios.

PRESSÃO

Os relatos dramáticos elevam a pressão sobre os EUA por mais suporte às forças iraquianas, já que ecoam as afirmações do presidente americano, Barack Obama, sobre a possibilidade de que ocorra um genocídio na região.

Os bombardeios americanos são a primeira intervenção militar dos EUA no Iraque desde a saída das tropas do país, em 2011.

Neste sábado (9), Obama afirmou, em entrevista a jornalistas, que a ação pode "durar meses".

"Não acho que vamos resolver esse problema em semanas", disse. "O prazo mais importante agora é até que o governo iraquiano esteja formado e concluído."

Os senadores republicanos Lindsey Graham e John McCain afirmaram consideraram que a resposta de Obama ainda é "limitada".

Os governos francês e britânico também ofereceram aos curdos o envio de ajuda humanitária.


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