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Europeus prometem ajuda militar para curdos no Iraque

Minoria luta contra ofensiva de radicais islâmicos no norte do país árabe

Novo premiê iraquiano recebe apoio de líder religioso, que fala em 'rara oportunidade para resolver crise política'

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) chegaram nesta sexta (15) a uma posição comum sobre a entrega de armas aos combatentes curdos no Iraque, que lutam contra o grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI).

"Agora é preciso esclarecer que equipamentos são necessários e serão utilizados", acrescentou um diplomata.

Os chanceleres se reuniram a pedido da França para analisar a ajuda militar aos curdos, minoria que administra uma região autônoma no norte iraquiano.

Os radicais do EI teriam massacrado cerca de 80 pessoas da minoria yazidi, na vila de Kojo, também localizada no norte do Iraque.

"Eles chegaram em veículos e começaram a matar nesta tarde. Nós acreditamos que seja por causa da filosofia deles: converta-se ou seja morto", disse nesta sexta à Reuters Hoshiyar Zevari, autoridade curda.

Um militante do EI afirmou à rede americana CNN que 100 mulheres yazidis foram sequestradas pelo grupo, mas a informação não foi verificada de forma independente.

Os yazidis são considerados "adoradores do Diabo" pelos militantes do EI, que pregam a criação de um califado --estado governado pela lei islâmica.

Após bombardeios dos EUA e a ação das forças curdas, cerca de 40 mil yazidis cercados pelo EI na montanha Sinjar conseguiram escapar, a maioria para campos de refugiados da ONU na província de Dohuk, na fronteira com a Síria e a Turquia.

Em reunião nesta sexta, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução impondo sanções a seis homens ligados ao EI --incluindo seu porta-voz-- e à Frente al-Nusra, braço sírio da rede Al Qaeda. Eles estão impedidos de viajar e ativos no exterior foram congelados.

A resolução aponta ainda preocupação com a fonte de renda representada pelos campos de petróleo que foram tomados por radicais no Iraque e na Síria.

OPORTUNIDADE

O novo primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, disse em sua página no Facebook nesta sexta que não iria fazer promessas irrealistas, mas encorajou os iraquianos a trabalhar juntos.

O líder religioso mais influente do Iraque, o aiatolá Ali al-Sistani, apoiou o novo premiê.

Sistani disse que a transição no governo iraquiano é uma "rara oportunidade para resolver as crises políticas e de segurança do país".

O ex-primeiro-ministro Nuri al-Maliki, que se recusava a deixar o poder, anunciou na quinta (14) que deixará o cargo sem objeções, cedendo a pressões de seus aliados xiitas e da comunidade internacional.

O também xiita Haider al-Abadi foi indicado para ocupar o cargo pela coalizão de Maliki e nomeado primeiro-ministro pelo presidente Fuad Masum na última segunda-feira (11).


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