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Ucrânia diz ter destruído comboio russo

Veículos militares teriam sido enviados pelos russos em apoio a separatistas; governo de Moscou nega acusação

Rússia reage e acusa vizinho de travar ajuda humanitária; repórteres britânicos dizem ter visto invasão

DE SÃO PAULO DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Ucrânia afirmou nesta sexta-feira (15) ter destruído blindados do Exército da Rússia que cruzaram a fronteira em uma área da região de Lugansk, no leste do país, dominada por separatistas.

Repórteres dos britânicos "The Guardian" e "Daily Telegraph" afirmam ter visto a incursão. É a primeira vez em que fontes independentes denunciam a entrada de tropas russas na Ucrânia.

Segundo as publicações e o governo ucraniano, 23 blindados de transporte do Exército russo cruzaram a fronteira por uma estrada de terra perto da cidade ucraniana de Izvaryne.

Os veículos, que levariam homens armados, seguiram para a região de Donetsk, tomada por separatistas e alvo de uma ofensiva ucraniana desde o início da semana.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou que "parte significativa" do comboio foi destruído assim que cruzou a fronteira.

O governo do país, porém, não confirma o número de veículos destruídos. Não há imagens que comprovem a incursão russa na Ucrânia.

Desde o início da ofensiva, em abril, as autoridades de Kiev acusam o Kremlin de financiar e enviar combatentes para o conflito com os separatistas do leste do país.

Em nota, o Ministério da Defesa russo negou ter feito a incursão e qualificou a acusação como "fantasiosa".

Na Europa Ocidental, aliada de Kiev, o tom foi de condenação à Rússia. O Reino Unido chamou o embaixador russo em Londres para fazer uma reclamação formal.

O presidente da França, François Hollande, pediu que a Rússia respeite a integridade territorial da Ucrânia. O mesmo pedido foi feito pelos ministros das Relações Exteriores da União Europeia.

"CAVALO DE TROIA"

O governo ucraniano acusa Moscou de ter aproveitado a chegada de um comboio de ajuda humanitária da Rússia, em outro ponto da fronteira entre os dois países, para desviar a atenção da incursão militar.

Já as autoridades russas fizeram acusação oposta: disseram que o país vizinho usa a suposta intrusão de blindados como pretexto para impedir a chegada do comboio humanitário.

O grupo de 260 caminhões com alimentos saiu de Moscou na terça (12) e deveria entrar na Ucrânia por Kharkov, região dominada pelas autoridades de Kiev.

O governo ucraniano, porém, negou a passagem e acusou os russos de quererem infiltrar soldados entre os caminhões de suprimentos.

Diante do impedimento, o comboio de ajuda humanitária russo chegou na sexta (15) a 35 km da fronteira.

Nesta sexta, agentes ucranianos, a Cruz Vermelha e observadores europeus fizeram uma vistoria nos caminhões.

Para os inspetores, as carretas estavam vazias, alimentando rumores de que seriam usadas para levar algo mais que remédios e alimentos para civis ucranianos.

Segundo o "Guardian", a carga das carretas é guardada por agentes que se dizem de ONGs, mas parecem militares russos veteranos ou com baixo nível de treinamento.

Os agentes, porém, não quiseram dar detalhes da missão humanitária à imprensa no local.


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