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Ucrânia acusa separatistas de matar civis

Comboio de refugiados foi atacado em Lugansk, área controlada por insurgentes pró-Rússia, que negaram a ação

Cruz Vermelha pede garantias de segurança de 'todas as partes' para missão de ajuda humanitária de Moscou

LEANDRO COLON DE LONDRES

O governo ucraniano acusou separatistas pró-Rússia de matar civis ao atacar nesta segunda (18) um comboio de refugiados na região de Lugansk, no leste do país.

O porta-voz do exército de Kiev, Andriy Lysenko, disse que o alvo dos rebeldes foi o corredor humanitário criado para a retirada de pessoas que tentam fugir do conflito.

Dezenas de civis, incluindo mulheres e crianças, morreram por disparos dos rebeldes, segundo o porta-voz. "O comboio estava marcado como sendo civil", disse.

Um porta-voz dos separatistas, Andrei Purgin, negou a acusação e devolveu a responsabilidade: "Os ucranianos bombardeiam constantemente a estrada. Parece que eles vêm matando mais civis do que meses atrás".

Alexander Zakharchenko, líder dos rebeldes em Donetsk, principal cidade sob controle separatista, afirmou que "nenhum comboio de civis" foi alvo de suas forças.

Por causa do conflito, moradores de Lugansk --assim como de outras cidades da região-- têm sofrido com falta de comida, água e eletricidade. Estima-se que, antes da crise, 420 mil pessoas moravam lá --agora, seriam menos de 250 mil. O mesmo fenômeno ocorre em Donetsk.

Nesta segunda, o governo de Kiev afirmou ter retomado áreas de Lugansk sob controle dos rebeldes. Segundo dados da ONU, cerca de 2.000 pessoas já morreram por causa do conflito, e 5.000 foram feridas. Ao todo, 188 mil ucranianos teriam fugido para a Rússia.

Enquanto isso, continua o impasse em torno do comboio de ajuda humanitária que Moscou despachou semana passada para o leste ucraniano --cerca de 270 caminhões com comida, remédios e mantimentos. Kiev só deixará esses veículos atravessarem a fronteira após inspeção. A Ucrânia acusa a Rússia de usar o comboio para aumentar o suporte militar aos separatistas.

Os russos argumentam que negociaram a missão com a Cruz Vermelha Internacional. A entidade, porém, disse nesta segunda que precisa de garantias de segurança "de todas as partes" para participar da ajuda. "Neste momento, não temos isso", disse a porta-voz do escritório da Cruz Vermelha para a Rússia, Belarus e Moldova.

A tensão na Ucrânia teve início em fevereiro, após a queda do presidente Viktor Yanukovich, aliado do líder russo, Vladimir Putin. Em março, Moscou anexou a Crimeia, península ucraniana, seguida pela ação de grupos separatistas pró-Rússia.


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